Extrato de alho reduz a pressão arterial

Postado em 5 de fevereiro de 2015 | Autor: Alweyd Tesser

 

Estudo publicado no European Journal of Clinical Nutrition sugere que o consumo diário de extrato de alho envelhecido reduz a pressão arterial sistólica em pacientes com hipertensão descontrolada.
Pesquisadores australianos avaliaram o efeito dose-resposta, tolerabilidade e aceitabilidade de diferentes doses de extrato de alho envelhecido, como um tratamento complementar para medicação anti-hipertensiva em 79 pacientes com hipertensão sistólica descontrolada, em um estudo duplo-cego randomizado controlado por placebo. Os participantes foram aleatoriamente alocados em um dos três grupos que receberam uma (240 mg), duas (480 mg) ou quatro (960 mg) cápsulas por dia com extrato de alho ou placebo. A pressão arterial sistólica (PAS) foi avaliada no início do estudo e em 4, 8 e 12 semanas de acompanhamento. A tolerabilidade foi acompanhada durante todo o estudo e a aceitabilidade foi avaliada após 12 semanas através de um questionário.
Os resultados demonstraram que a PAS foi significativamente reduzida em 11,8 ± 5.4 mmHg no grupo que recebeu 2 cápsulas de alho por dia durante 12 semanas em comparação com o placebo, resultado próximo do obtido com o grupo que recebeu 4 cápsulas por dia em 8 semanas (-7,4 ± 4.1mmHg). As alterações na PAS no grupo que recebeu 1 cápsula de extrato de alho e pressão arterial diastólica não foram significativamente diferentes do grupo placebo.
Tolerabilidade e aceitabilidade foram elevados em todos os grupos que receberam extrato de alho (93%) e maior entre os grupos que tomaram uma ou duas cápsulas diariamente.

Os autores concluem que o consumo de extrato de alho envelhecido diariamente pode ser um tratamento eficaz e tolerável para hipertensão não controlada e pode ser considerado um tratamento adjunto à terapia anti-hipertensiva convencional.

 

 

Referência (s)

Ried K, Frank OR, Stocks NP. Aged garlic extract reduces blood pressure in hypertensives: a dose-response trial. Eur J Clin Nutr. 2014;67(1):64-70

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