Seguir uma dieta vegetariana pode trazer mais benefícios do que você imagina
O vegetarianismo é um modo de vida que atrai cada vez mais pessoas no Brasil. Dados de uma pesquisa do IBOPE, realizada em 2018 e encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira, destacam que no país 14% da população se declara vegetariana. Para essas pessoas, consumir alimentos com proteína vegetal para substituir a carne é fundamental. Vamos conhecer alguns deles?
Conteúdo
Conheça alimentos com proteína vegetal
Uma das principais necessidades de uma dieta vegetariana pode incluir o consumo adequado de fontes de proteínas vegetais.
Leguminosas
Alimentos como grão-de-bico, lentilhas, feijão e ervilhas podem compor parte de uma dieta vegetariana devido a seus altos valores proteicos.
Grãos integrais
Ao invés de consumir arroz, experimente colocar nas refeições o trigo mourisco, quinoa ou amaranto.
Soja
Produtos de soja, como bebidas à base dela, iogurte, proteína de soja e tofu podem ser boas opções no cardápio.
Oleaginosas
Amendoins, nozes e amêndoas fazem parte desse grupo, que é rico em proteína vegetal.
Dica: se você optar pelo ovolactovegetarianismo, algumas proteínas de origem animal também podem compor o cardápio diário, como ovo, leite e derivados.
Benefícios do vegetarianismo
Parar de comer carne é uma escolha de vida que, segundo a Associação Dietética Americana, pode ser completamente saudável. Uma dieta vegetariana bem planejada, além de nutricionalmente adequada, pode trazer benefícios à saúde na prevenção e tratamento de certas doenças, conforme diversos estudos vêm demonstrando.
Como exemplo está um estudo divulgado no Jornal da Academia de Nutrição e Dietética. O trabalho ressalta que, apesar de perfis diferentes de dieta, os vegetarianos e não vegetarianos buscam fontes diferentes de proteína. Em média, aqueles que comem carne têm um menor consumo de proteínas vegetais, fibras, betacaroteno e magnésio em comparação com aqueles que seguem os padrões alimentares vegetarianos. Além disso, os não vegetarianos dispõem de uma maior ingestão de ácidos graxos saturados e gorduras trans.
E por mais que para muitos seja difícil começar uma dieta sem carne, um passo de cada vez pode ajudar. Algumas iniciativas como aderir a Segunda Sem Carne, adotar uma dieta flexitariana (que visa um menor consumo de carne), fazer novas versões de receitas clássicas (como um estrogonofe vegetariano) ou apostar nesses alimentos com proteína vegetal nas refeições podem ser aplicadas no dia a dia gradativamente.
Este conteúdo não substitui a orientação de um especialista. Agende uma consulta com o nutricionista de sua confiança.
Referências bibliográficas:
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