Sim. O estresse oxidativo pode afetar negativamente a qualidade do sêmen, provocando danos e disfunção dos espermatozoides. Por isso, estudos têm avaliado o uso de antioxidantes para melhorar a qualidade do esperma e assim, a fertilidade masculina.
Um estudo iraniano demonstrou que indivíduos com infertilidade apresentaram um consumo consideravelmente mais baixo de zinco e ácido fólico comparado com os indivíduos controle (sem infertilidade). Além disso, a ingestão dietética de vitaminas C e E foi inferior aos valores recomendados em 59,4% dos casos e significativamente inferior à do grupo controle.
Alguns estudos afirmam haver uma correlação significativa entre ácido fólico, zinco e percentual de motilidade; entre vitamina E e morfologia; e entre zinco e concentração de espermatozoides.
Outro nutriente que pode ter um impacto positivo sobre a qualidade do sêmen é o caroteno. Um estudo americano demonstrou que a ingestão de carotenoides foi associada a uma maior mobilidade do esperma e, no caso do licopeno, melhor morfologia espermática.
Um estudo que avaliou 1.221 homens de idade entre 18 e 28 anos sugere que o consumo habitual de bebidas alcoólicas teve efeito adverso sobre a concentração, contagem total e porcentagem de espermatozoides. Essa associação foi observada em homens que relataram consumir pelo menos 5 doses em uma semana típica, mas foi maior entre aqueles com um consumo de mais de 25 doses/semana. Homens com um consumo típico semanal acima de 40 doses apresentaram uma redução de 33% na concentração de esperma comparado com homens com uma ingestão de 1 a 5 doses/semana.