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A Importância do Nutricionista no Sucesso da Alta Hospitalar

A falta de planejamento para a alta hospitalar pode levar a readmissão hospitalar e a custos mais elevados. Sua importância é tamanha que a campanha dos 11 passos da BRASPEN contra a desnutrição hospitalar dedica um tópico somente para “Oriente a Alta Hospitalar”. No entanto, muitas vezes a preparação para a alta só tem início quando o paciente já está clinicamente apto para deixar o hospital, comprometendo ações prévias necessárias tais como: educar os pacientes com relação à nutrição, realizar a reconciliação medicamentosa, agendamento de acompanhamentos e organização do transporte. Tais medidas são necessárias para o sucesso da alta hospitalar e o bem-estar do paciente.

Dessa maneira, é fundamental conscientizar a equipe de saúde, pacientes, familiares e cuidadores sobre a importância do planejamento da alta hospitalar. Um elemento importante nesse processo é garantir que os pacientes e/ou familiares e cuidadores estejam empoderados para gerenciar e garantir a continuidade do tratamento em casa, sendo que as ações de educação do paciente devem ocorrer ainda durante o período de internação.

O nutricionista tem papel primordial para a alta hospitalar bem-sucedida, uma vez que a nutrição adequada é fundamental para a recuperação e prevenção da desnutrição. É importante que o nutricionista oriente adequadamente o paciente/familiar/cuidador principalmente em relação a dieta enteral, condição não habitual ao ambiente doméstico. É preciso ressaltar a importância da indicação correta da dieta enteral bem como seu manejo, para que o paciente saiba qual produto deve ser adquirido e utilizado, uma vez que há diferentes formulações no mercado.

Importante, também, o estabelecimento de modelos estratégicos, ou protocolos de alta para nortear as atividades que culminem em uma alta hospitalar bem-sucedida. As previsões de alta hospitalar devem ser acompanhadas com a finalidade de otimizar o processo e fornecer as orientações ao paciente/familiar/cuidador sobre a continuidade dos cuidados no domicílio.

Para que este processo tenha sucesso, é preciso que a equipe inicie a orientação durante todo o período de hospitalização do paciente, reconhecendo as barreiras de aprendizado e comunicação do paciente/familiar/cuidador, assim, será possível determinar o melhor método de ensino de acordo com o nível de entendimento do paciente e demais envolvidos.

Avaliar o entendimento das mensagens transmitidas é fundamental nesse processo, realizando o reforço das mensagens sempre que necessário. Deve-se continuar o cuidado no período pós-alta por meio de diferentes formas de suporte como visitas domiciliares, contato telefônico e acompanhamento ambulatorial. Dessa maneira, teremos pacientes com uma melhor qualidade de vida no pós-alta e um menor número de reinternações.

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