Foram incluidos 31 pacientes com idade superior a 19 anos, com diagnósticode câncer e internados na UTI com SIRS ou SEPSE. O AF foi obtido a partir deimpedância bioelétrica (BIA-450 – Biodynamics Corporation) dentro de 48 horas daadmissão na UTI. O risco nutricional foi calculado a partir do NUTRIC SCOREdentro de 24 horas da admissão na UTI. Foram mensurados peso, altura e IMC,albumina em até 48 horas da admissão naUTI.
Dos pacientes avaliados, 16,1% foram considerados como alto risconutricional, e 64,5% apresentavam caquexia. Observaram-se correlações negativassignificativas entre a AF e as seguintes variáveis: tempo de permanência naenfermaria hospitalar, tempo de internação na UTI, tempo total de internaçãohospitalar, tempo de ventilação mecânica e escore APACHE II. Correlaçãopositiva foi verificada entre AF e albumina. O AF foi significativamenteassociado à mortalidade em 1 ano: pacientes com um AF ≤ 3,8 ° apresentaram tempo de sobrevivência significativamentemenor do que aqueles com AF > 3,8 °.
Dessa forma, Paes e sua equipe concluiram que o AF foi um marcadorprognóstico nesta população, independentemente de fatores prognósticospreviamente estabelecidos, como APACHE II e SOFA. Os autores sugerem que omelhor ponto de corte do AF como preditor de mortalidade em UTI seja ≤ 3,8 °. OAF se mostrou uma ferramenta clínica viável para uso inicial e identificação depacientes críticos com câncer.