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É seguro iniciar alimentação oral precocemente após cirurgia de câncer esofágico

Um estudo conduzido por pesquisadores iranianos demonstrou que a alimentação oral precoce (AOP) após cirurgia de câncer esofágico e gástrico é segura e resulta em recuperação e alta hospitalar mais rápidas.

 

Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, realizado entre 2008 e 2011, no qual foram incluídos 180 pacientes. Destes, 72 fizeram parte do grupo AOP, que iniciaram dieta líquida nas primeiras 24 a 48 horas após a cirurgia, e 108 fizeram parte do grupo alimentação oral tardia (AOT), no qual a dieta foi iniciada após o 5º dia de pós-operatório.

 

A dieta continha 50 mL de chá preto com 8 g de açúcar e era oferecida por via oral a cada 8 horas, mesmo nos pacientes ainda com sonda nasogástrica. O volume da dieta líquida foi aumentado e, dependendo da tolerância do paciente, era iniciada a dieta leve após 24h do início da dieta líquida.

 

As variáveis estudadas foram duração da descompressão pela sonda nasogástrica, tempo de início da alimentação via oral com dieta sólida tolerada, duração de infusão de líquidos intravenosos e complicações pós-operatórias, como peritonite generalizada, abcessos, fístulas, vômitos após início da dieta via oral, re-hospitalização ou reinternação e mortalidade.

 

De acordo com os resultados, não houve diferença estatística entre os grupos na ocorrência de vômitos após o início da dieta via oral. Eliminação de flatos, remoção da sonda nasogástrica, início e tolerância da dieta leve ocorreram mais cedo no grupo AOP em comparação com o grupo AOT. Também não houve diferença estatística entre os grupos na ocorrência de re-hospitalização devido complicações pós-operatórias e tampouco entre estas complicações.

 

“AOP é segura e um estímulo fisiológico para o intestino, o que pode resolver íleo paralítico pós-operatório, com benefícios nutricionais e imunológicos. Além disso, o paciente sente um maior nível de recuperação e mais motivado para deambular e ser independente”, explicam os autores.

 

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