O estudo contou com 121.701 mulheres e51.529 homens entre 30-55 anos recrutados em 1986, que foram acompanhadosdurante 20 anos. A cada dois anos aplicou-se questionário validado sobre dados demográficos,história médica e estilo de vida, que incluía hábitos alimentares e peso. Foramcolhidas amostras de sangue para análise genética de 32.826 mulheres e 18.225homens que se mantiveram no estudo e que não apresentavam diabetes, câncer oudoença cardiovascular no início do acompanhamento. Os alimentos ingeridos foramavaliados e os pacientes foram classificados pelos escores das dietas AHEI-2010,DASH e Mediterrânea a partir de seus hábitos alimentares.
Os pacientes que melhoraram seus escoresalimentares nos quatro primeiros anos de seguimento do estudo também aumentarama prática de atividade física e ganharam menos peso que outros participantesque não aderiram tão bem aos padrões alimentares saudáveis. O escore de riscogenético se correlacionou significativamente com o IMC a cada quatro anos. Adiferença do IMC entre indivíduos com alto risco genético e baixo riscogenético reduzia quando havia aderência às dietas AHEI-2010 e DASH, porém issonão foi observado na Dieta Mediterrânea. As associações genéticas com mudançasno IMC eram atenuadas em participantes com maior aderência às dietas, e essaatenuação era mais proeminente em participantes com maior risco genético paraobesidade. Quando o padrão alimentar melhorava e chegava mais próximo ao preconizadopelos dois tipos de dietas supracitados, o IMC e o peso corporal reduziam, eestas reduções eram maiores em indivíduos com maior risco genético.
Dessa maneira, os autores concluíram quemelhorando a adesão a hábitos alimentares saudáveis, a associação genética como aumento do IMC e ganho de peso pode ser atenuada.