Ícone do site Nutritotal PRO

Alta prevalência de sarcopenia em idosos brasileiros

 

Alta prevalência de sarcopenia em idosos brasileiros
Estudo avaliou a prevalência de sarcopenia, determinação de pontos de corte para índice de massa magra apendicular e circunferência da panturrilha em idosos
 
Um estudo conduzido por pesquisadores brasileiros e publicado no Journal of Cachexia, Sarcopenia and Muscle, demonstrou que cerca de um em cada dez idosos de 60-69 anos de idade tem sarcopenia na fase pré-clínica da doença.
 
Trata-se de um estudo transversal de base populacional desenvolvido em Pelotas, RS, que avaliou 1.291 indivíduos com mais de 60 anos, não-institucionalizados (não hospitalizados ou em instituições de longa permanência para idosos), selecionados por amostragem aleatória.
 
Em seus domicílios, os idosos foram entrevistados e submetidos a testes, conforme critérios estabelecidos pelo European Working Group on Sarcopenia on Older People (EWGSOP), como o teste da velocidade de marcha de 4m, força do aperto de mão e aferição da circunferência da panturrilha (CP).
 
Em uma segunda fase do estudo, 189 desses idosos foram submetidos ao exame de absorciometria de duplo feixe de raios-x (DXA), afim de avaliar a composição corporal. Ao combinar dados do DXA de uma população de 30 anos com os dados obtidos na segunda fase desse estudo, os autores foram capazes de determinar pontos de corte para a perda de massa muscular (MM) em idosos por meio do índice de massa magra apendicular (IMMA) dos adultos jovens. 
 
Os valores de referência encontrados para a determinação da perda de MM nos idosos foram IMMA de <7,76 kg/m² para homens e <5,62 kg/m² para mulheres. 
 
Ainda, através do cruzamento dos dados de IMMA e CP dos idosos, os autores determinaram valores de referência para a perda de MM através da aferição da CP: ≤34cm para homens e ≤33cm para mulheres foram indicativos de baixa MM.
 
Aplicando esses pontos de corte no estudo populacional, encontrou-se uma prevalência de sarcopenia de 13,9%. Dentre os indivíduos pré-sarcopênicos (indivíduos que apresentam perda de MM, mas ainda sem repercussões clínicas, como perda de força ou de desempenho muscular), a prevalência na amostra foi de 10,1%. 
 
“Entre sarcopênicos e pré-sarcopênicos, estima-se que essa síndrome atinja aproximadamente um quarto dos idosos pelotenses, o que comprova sua alta prevalência e reforça sua relevância no âmbito da saúde pública”, concluem os autores.
 
Leia também:
O que é a sarcopenia?

 

Sair da versão mobile