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Alta quantidade de proteínas beneficia pacientes críticos

Um estudo publicado no Journal of Parenteral and Enteral Nutrition – JPEN, demonstrou que maiores níveis de aminoácidos foram associados a melhorias em uma série de medidas diferentes, apoiando as recomendações das diretrizes para pacientes em unidades de terapia intensiva (UTI).
 
Conduzido por Ferrie e colaboradores, este estudo randomizado e controlado, contou com a participação de 119 pacientes em terapia de nutrição parenteral (NP) em uma UTI que foram aleatoriamente designados para receber soluções parenterais contendo 0,8g/kg ou 1,2 g/kg de peso corporal de aminoácidos.
 
O desfecho primário do estudo foi força de aperto de mão (FAM) no momento da alta da UTI e os desfechos secundários avaliados no 7º dia de estudo incluíram FAM, pontuação de fadiga (usando a escala Chalder) e o ultrassom de espessura do músculo em áreas definidas do corpo.
A oferta de aminoácidos para os dois grupos foi de, em média, 0,9 e 1,1 g/kg de peso corporal, respectivamente nos 7 primeiros dias. A FAM no momento de alta da UTI não foi significativamente diferente entre os grupos (p=0,054). No sétimo dia de estudo, a média da FAM do grupo com mais aminoácidos foi de 22,1±10,1 kg e no grupo com menos aminoácidos foi de 10,5±11,8 kg (p=0,025).
 
Os pacientes com mais aminoácidos também apresentaram menos fadiga: média da pontuação de Chalder = 5,4±2,2 no grupo com mais aminoácidos e 6,2±2,2 no grupo com menos aminoácidos (p=0,045) e maior espessura do músculo do antebraço no ultrassom: 3,2±0,4 cm no grupo com mais aminoácidos e 2,8±0,4 cm no grupo com menos aminoácidos (p<0,0001).
O balanço nitrogenado foi significativamente melhor no dia 3 de estudo, mas não no dia 7, e também não houve diferença entre os grupos na mortalidade ou no tempo de permanência hospitalar.
 
“Em comparação com a ingestão de aminoácidos-padrão para as pessoas saudáveis, uma maior quantidade de aminoácidos foi associada com melhorias em diferentes medidas de resultados em pacientes de UTI com terapia de nutrição parenteral”, concluem os autores. “Este estudo fornece suporte para as recomendações das diretrizes atuais relativas à ingestão de proteínas no paciente crítico”, afirmam.
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