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Alto consumo de ômega-3 por meio da ingestão de peixes está associado com menor risco de câncer de mama

Pesquisadores publicaram na revista British Medical Journal (BMJ) uma metanálise que evidencia a associação entre a ingestão de ácidos graxos ômega-3, por meio do alto consumo de peixes, com o menor risco para o desenvolvimento de câncer de mama.

O objetivo dos pesquisadores foi investigar a associação entre a ingestão de peixes e ácidos graxos poli-insaturados ômega-3 com o risco para o desenvolvimento de câncer de mama, além de avaliar a relação dose-resposta. Para a realização da metanálise, os pesquisadores reuniram 26 estudos prospectivos, envolvendo aproximadamente 900 mil mulheres, incluindo 20.000 que tinham câncer de mama.

Os pesquisadores incluíram os estudos que avaliaram o consumo de peixe, a ingestão total de ômega-3, por fontes vegetais e animais, por meio de questionário de frequência alimentar e recordatórios alimentares.

Foi observado que as mulheres que haviam consumido altos níveis de ômega-3, proveniente do consumo de peixes, tinham redução de 14% no risco de ter câncer de mama, em comparação com aqueles que consumiam menos. Os resultados também demonstraram uma relação importante de dose-resposta: a cada aumento de 0,1 g no consumo de ômega-3 por dia foi associado a um risco reduzido em 5% de ter câncer de mama. Para efeito de comparação, 100 g de um peixe rico em gordura, como o salmão, pode conter entre 1 a 2 g de ácidos graxos ômega-3. Porém, o consumo de ácido alfa-linolênico (ALA), um tipo de ômega-3 de fonte vegetal, no entanto, não parece reduzir o risco de câncer de mama.

“A prevenção do câncer de mama continua a ser um importante problema de saúde pública, especialmente no que diz respeito à investigação das relações entre o câncer de mama, dieta e estilo de vida. Evidências de estudos tanto experimentais ou observacionais sugeriram um efeito protetor do ômega-3 sobre o câncer de mama, entretanto, os resultados eram inconclusivos. Revisões sistemáticas e metanálises são as mais poderosas ferramentas para avaliar esses tipos de associações inconsistentes”, explicam os autores.

“Portanto, nosso estudo fornece evidência sólida e robusta de que o consumo de ácidos graxos ômega-3, provenientes da ingestão de peixes, está inversamente associado com o risco de câncer de mama”, concluem.

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