A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançará na Copa do Mundo 2014 um projeto que avaliará os serviços de alimentação segundo o perfil higiênico-sanitário, permitindo assim aos consumidores conhecerem a situação sanitária dos estabelecimentos de alimentação, como bares, restaurantes, lanchonetes, aeroportos, entre outros.
Na última sexta-feira (2 de maio) a Agência divulgou as notas do primeiro ciclo do projeto, que servirão para orientar os estabelecimentos em relação às medidas que deverão ser implementadas. Posteriormente, no segundo ciclo, os selos de categorização identificando as notas serão fixados nos estabelecimentos. A proposta é que, no final de maio, os estabelecimentos tenham fixado os selos e suas notas divulgadas.
Participam desse projeto 11 cidades que serão sede da Copa e outras 15 cidades que se interessaram em integrar-se ao projeto. Estão incluídos cerca de 2.500 estabelecimentos, dentre os quais 179 localizados nos aeroportos.
A base para categorizar os estabelecimentos são as boas práticas de alimentação, um conjunto de procedimentos adotados para garantir um alimento de qualidade ao consumidor e que representam as medidas destinadas a minimizar eventuais danos à saúde, especialmente as Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA).
Os serviços de alimentação serão classificados nas seguintes categorias: A, B, C ou Pendentes. O grupo A engloba os estabelecimentos mais bem classificados. São aqueles serviços que cometem poucas falhas ou pouco significativas. O grupo B corresponde aos estabelecimentos que cometem mais falhas do que o grupo A. Essas falhas, em geral, são de baixo ou médio impacto. Caso haja falhas de alto impacto, a quantidade é muito pequena. O grupo C é a de pior desempenho, que engloba os que apresentam maior quantidade de falhas, podendo ser de baixo, médio ou alto impacto em relação às DTA. Por fim, há o grupo classificado como Pendentes, que são os serviços que não cumprem um dos itens eliminatórios e/ou apresentam uma quantidade inaceitável de falhas. Nesse caso, os serviços não são categorizados, e a vigilância sanitária adotará medidas necessárias para que não continuem operando nessas condições, minimizando os riscos à saúde dos consumidores.
Segundo o diretor de Gestão Institucional da Anvisa, Ivo Bucaresky, este tipo de classificação tem sido bem-sucedido em cidades como Los Angeles, Nova York e Londres, melhorando a conscientização do cidadão e os serviços de alimentação que passam a conhecer suas principais falhas e impactos. “O projeto também permite que as cidades possam agir mais estrategicamente, focando suas ações nos estabelecimentos com maior número de inconformidades”, segundo Bucaresky.
Os resultados até agora indicam que, no total de estabelecimentos avaliados, 20% estão na categoria A, 40% na categoria B, 24,4% na categoria C e 15,6% como Pendentes.
Para conhecer o perfil dos estabelecimentos por cidade, acesse: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/hotsite_categorizacao/documentos/Perfil%20Categoriza%C3%A7%C3%A3o%20CISIS%2029abr14_PAF.pdf