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Aproximadamente 4% dos casos de câncer no mundo são atribuídos ao IMC elevado

 

Em um estudo de base populacional relatado na revista The Lancet Oncology, pesquisadores estimaram que cerca de 3,6% de todos os novos tipos de câncer em todo o mundo em 2012, eram atribuídos ao elevado índice de massa corporal (IMC). As proporções de tais casos foram maiores em mulheres e em países desenvolvidos.
 
No estudo, a fração atribuível populacional (FAP) de câncer relacionado com o IMC foi obtida utilizando os riscos relativos e IMC estimado em adultos, por idade, sexo e país. Um período de 10 anos foi assumido entre IMC elevado (≥ 25 kg/m2) e ocorrência de câncer. 
 
Os autores estimam que 481 mil (ou 3,6%) de todos os novos casos de câncer em adultos (com idade ≥ 30 anos após o período de defasagem de 10 anos), em 2012 foram atribuídas a IMC elevado, incluindo 12,8% de todos os cânceres relacionados com o IMC elevado (ou seja, adenocarcinoma de esôfago e cólon, retal, rins, pâncreas, vesícula biliar, mama na pós-menopausa, corpo uterino e câncer de ovário). As estimativas foram de 5,4% nas mulheres (345.000 casos) e de 1,9% nos homens (136.000 casos).
 
As FAPs foram maiores em países com índices de desenvolvimento humano (IDH) muito elevado (5,3%) e elevado (4,8%) do que naqueles com IDH moderado (1,6%) e baixo (1,0%). Por exemplo, a região norte-americana contribuiu para a maioria dos casos atribuíveis ao IMC elevado (111.000, ou 23,0%, do total de casos), enquanto a África sub-saariana foram os que menos contribuíram (7.300, ou 1,5%).
 
Os investigadores concluíram que “esses resultados enfatizam a necessidade de um esforço global para diminuir o número crescente de pessoas com IMC elevado. Partindo do princípio de que a associação entre IMC elevado e câncer é causal, a continuação dos padrões atuais de ganho de peso da população levará a aumentos contínuos no futuro da incidência do câncer. “

 

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