Estudo teve como objetivo determinar os efeitos da aromaterapia com óleo de hortelã-pimenta na intensidade de náuseas e vômitos na gestação (NVG). Para isso, foram selecionadas 56 gestantes com nível médio a moderado de NVG, entre 18 e 35 anos, e entre seis e 20 semanas de gestação.
Foram aplicados três questionários: questionário demográfico e obstétrico, questionário PUQE (para avaliar náuseas e vômitos) e questionário final para avaliar satisfação com o tratamento, adesão às recomendações de saúde e nutricionais, e avaliação demudanças gerais nos sintomas pelo ponto de vista da gestante. O óleo essencial de hortelã-pimenta foi preparado e diluído em óleo de amêndoas na proporção de 10%. O óleo de amêndoas puro foi utilizado como placebo para o grupo controle. Elas foram orientadas a pingar cinco gotas da preparação em um pedaço de algodão e segurar a um centímetro abaixo do nariz e inspirar profundamente três vezes na hora em que sentissem náuseas (até quatro vezes ao dia). O questionário PUQE deveria ser respondido ao final de todos os dias.
O estudo contou com 56 gestantes,sendo 28 para cada grupo, intervenção e controle. A média do score de NVG no grupo hortelã-pimenta reduziu de 7,36 no pré-intervenção para 5,18 após quatro dias de intervenção. No grupo controle, o score de NVG também reduziu de 7,21 para 5,82. A redução foi significativa em ambos os grupos (p<0.001) e não houve diferença entre os dois grupos (p=0.227). Os dados mostraram que a inalação de óleo de hortelã-pimenta é segura. Tanto no grupo hortelã-pimenta quanto no grupo controle, as gestantes ficaram satisfeitas com o tratamento (60.7% e 57.1% respectivamente).
Os achados sugerem que apesar da redução significativa na severidade da NVG no grupo intervenção, a diferença entre os grupos não foi estatisticamente significante. Esse resultado pode ser decorrente dos impactos psicológicos das intervenções, além da manutenção do relaxamento mental gerado por técnicas de respiração.