Foi observado que redução daingestão de gorduras para 15-20% do total energético mais aumento na ingestãode frutas, vegetais e grãos melhora a sobrevida no câncer de mama em estágiosprecoces. Em sobreviventes da doença, revisão sistemática e meta analisemostrou associação entre redução de mortalidade e adoção de dieta de altaqualidade (alta ingestão de frutas, vegetais, grãos integrais, legumes ecastanhas e baixa ingestão de carnes vermelhas e processadas). Em contraponto,a adesão a hábitos alimentares ocidentais não saudáveis (alto consumo de carnesvermelhas e processadas, grãos refinados, doces e produtos diários ricos emgorduras) associou-se ao risco aumentado de mortalidade (RR 1,44).
Em outra meta-análise realizadacom 56 estudos, foi constatado que alta adesão à dieta mediterrânea correlacionou-senegativamente à mortalidade total (RR 0,96) e todas as causas de mortalidade emcâncer de mama (RR 0,92). Também, foi encontrado que a adesão a dieta vegetarianae vegana foi associada à modesta redução do risco de câncer em geral, mas nãoapresentou associação significante com mortalidade.
Um dos estudos avaliadosencontrou relação inversa entre ingestão de carboidratos e mortalidade porcâncer de mama.
O consumo de álcool foi relacionadoao aumento do risco de recidiva de câncer de mama, mas não teve associação commortalidade. Não foram encontradas evidências robustas em relação à ingestão desoja e seus derivados.
Os trabalhos demonstraram que asuplementação com cálcio e vitamina D não foi associada a redução da incidência de câncer. Porém, talsuplementação associou-se modestamente a redução de mortalidade por câncer, e níveis de vitamina D superiores a25-OH se associaram a menor mortalidade em câncer de mama.
A partir dos dados levantados, osautores concluíram que a adoção dehábitos dietéticos saudáveis parece ser benéfica para o prognóstico do câncerde mama.