Um estudo publicado pela revista da Associação Americana de Diabetes demonstra que bactérias comensais projetadas para secretar GLP-1 são capazes de reprogramar células intestinais secretoras de insulina glicose-responsivas, reduzindo os níveis de glicose no sangue de forma significativa. “O GLP-1 (1-37) em sua forma completa inativa estimula a conversão de células epiteliais intestinais, em ratos e humanos, em células secretoras de insulina”, afirmam os autores.
Para investigar se a administração oral de bactérias comensais de humanos projetadas para secretar GLP-1 (1-37) poderia melhorar a hiperglicemia, pesquisadores utilizaram ratos diabéticos que foram alimentados diariamente com lactobacilos humanos projetados para secretar GLP-1 (1-37) ou com uma cepa bacteriana original não modificada (controle).
Os ratos alimentados com as bactérias secretoras de GLP-1- apresentaram aumentos significativos nas concentrações de insulina e, além disso, foram significativamente mais tolerantes à glicose em comparação ao grupo controle. Esses animais desenvolveram células produtoras de insulina, na parte interna e superior do intestino em quantidade suficiente para produzir aproximadamente 25-33% da concentração de insulina produzida por ratos não diabéticos saudáveis.
“Esses resultados fornecem evidências de um potencial tratamento por via oral não absorvido, seguro e eficaz para o diabetes e suportam o conceito de sinalização bacteriana comensal manipulada para mediar a função de células intestinais in vivo”, concluem os autores.