O estudo foi randomizado, cego, cross-over,e avaliou 17 adultos saudáveis e eutróficos que seguiram 5 braços: consumo decafé descafeinado, regular, regular com açúcar, água e água com açúcar. Noprimeiro dia do experimento, os participantes foram avaliados após jejumnoturno para aferição glicemia capilar, altura, peso, circunferência dacintura, e pressão arterial. Em todos os dias do experimento eram aferidosglicemia capilar, peso e o número de horas dormidas. Após 1 hora da ingestãodas bebidas, o teste de tolerância oral à glicose era realizado. Foram colhidasamostras de sangue nos momentos 0, 30, 60, 90, 121, 150, 175, 225, 255 e 285min após a ingestão das bebidas para quantificação de glicemia, insulinemia, econcentrações das incretinas GLP-1 e GIP.
Ocafé descafeinado induziu um aumento de 97,5% na sensibilidade à insulina emcomparação com o tratamento com água (P <0,05), mas essa diferença não foiobservada com o consumo do café comum. Houveuma tendência para maiores valores de eficácia de glicose no café regular comou sem açúcar em comparação com qualquer condição de controle (P = 0,07). Café regular com açúcar não afetousignificativamente glicose, insulina, peptídeo C e incretinas em comparação coma água com açúcar. Os níveis de glicose, insulina, peptídeo C, GLP-1 e GIP nãoforam estatisticamente diferentes após o consumo de café normal e descafeinadoem comparação com a água.
Os autores concluíram que o cafédescafeinado melhora a sensibilidade à insulina sem alterar os níveis dehormônios incretinas, e que, a curto prazo, não foram observados efeitos adversosdo consumo de café regular com açúcar sobre o metabolismo da glicose.