Sim. A literatura científica sugere possível benefício no consumo de suplementos orais de carotenoides quando há exposição prolongada ao sol. O β-caroteno inclusive foi considerado inúmeras vezes um protetor solar.Compostos com função pró-vitamínica A exercem papel fundamental na manutenção,crescimento e diferenciação epiteliais.
O β-caroteno é normalmente prescrito na forma de suplemento a portadores de protoporfiria eritropoiética, uma doença que tem como característica fotossensibilidade incomum da pele. Esse carotenoide também é utilizado no tratamento de outras doenças induzidas ou agravadas pela exposição a raios UV, como urticária solar, erupções polimórficas, reações alérgicas a fármacos e lúpus eritematoso.
Estudos de intervenção indicam que suplementos ou dietas com alimentos que apresentam elevado conteúdo de carotenoides são eficientes em fotoproteção sistêmica, avaliada como redução da sensibilidade na formação de eritema induzido por raios UV. O sucesso da intervenção depende da dose (acima de 20 mg) e do tempo de administração, que deve ser superior a 10 semanas.
O aumento no consumo de alimentos com teor elevado de carotenoides pode contribuir para a proteção contra raios UV durante toda avida. Por suas propriedades químicas e biológicas, outro carotenoide com função fotoprotetora é o licopeno. Quando administrado a indivíduos saudáveis, olicopeno de diferentes fontes (molho e suco de tomate, suco de cenoura enriquecido com licopeno e cápsulas de licopeno contendo β-caroteno) resultou em proteção da pele, avaliada por aumento da dose mínima de raios UV necessária para causar eritema. Contudo, estudos com maior duração não demonstraram proteção.
Carotenoides estão disponíveis na forma de suplementos, contudo,recomenda-se cautela em sua utilização, pois estudos de intervenção com doses elevadas de β-caroteno resultaram em efeitos adversos, com aumento da incidência de câncer de pulmão em fumantes e trabalhadores expostos ao amianto.