Estudo publicado na revista “Europena Jornal of Nutrition” teve como objetivo discutir o efeitoanti-obesogênico dos polifenóis do chá verde (CV) e chá preto (CP) descafeinadoe a relação com a alteração da microbiota intestinal.
Para isso, ratos C57BL/6J foram alimentados com dieta rica emgordura e sacarose, ou dieta rica em gordura e sacarose suplementada com 0,25%de CV ou CP, ou dieta com baixa concentração de gordura e rica em sacarose durante4 semanas. A composição bacteriana foiavaliada por sequenciamento MiSeq do gene 16S de Rrna
Após o período de teste, o peso dos ratos que receberamextratos de chá verde ou chá preto caiu para os mesmos níveis dos ratos quereceberam a dieta com baixo teor de gordura.
A avaliação da microbiota intestinal mostrou que dietas com CVe CP foram associadas à redução das bactérias do filo Firmicutes (associadas àobesidade), e aumento de bactérias do filo Bacteroidetes (associadas à massamagra). A utilização dos chás também induziu aumento da fosforilação da enzimahepática 5´-adenosil monofosfato (AMPK) em70 para o CV e 289% para o CP.
Apenas para os ratos que receberam dieta com CP foi observadoaumento de Pseudobutyrivibrio e na formação intestinal de ácidos graxos decadeia curta (AGCC), analisada por cromatografia gasosa.
Os autores sugerem que os chás verde e preto são prebióticose que induzem a perda de peso por estarem associados à alteração da microbiotaintestinal e ao aumento da fosforilação do AMPK, indicando que os benefícios doconsumo dos chás vão além da sua ação antioxidante. Sugerem, ainda, que o CPaumenta a ação do AMPK através da produção dos AGCC, enquanto o CV exerce esseefeito por ação hepática direta.