Pesquisa publicada na revista PLoS One demonstrou que a suplementação de capsaicina, principal componente ativo da pimenta vermelha, promove o aumento do gasto energético e oxidação de lipídios, tanto em indivíduos eutróficos quanto em sobrepesos.
O objetivo do estudo foi avaliar o efeito termogênico da suplementação de capsaicina e sua aplicação no tratamento da obesidade. Para isso, foram selecionados 19 indivíduos saudáveis, com idades entre 18 a 50 anos e com índice de massa corporal (IMC) entre 20 a 30 (kg/m2). Os pesquisadores avaliaram os hábitos alimentares por meio de questionário de frequência alimentar.
A suplementação de capsaicina foi administrada na dosagem de 2,56 mg junto com as três principais refeições, somando um total de 7,68 mg por dia. Os indivíduos foram submetidos a 36 sessões de quatro horas por dia em uma câmara de respiração para as medidas de gasto energético de 24 horas e de oxidação de substratos. Dois dias antes de cada sessão, os participantes receberam uma dieta padronizada para consumir em casa, com a seguinte distribuição energética de macronutrientes: 15% de proteína, 30% de lipídio e 55% de carboidrato. Os indivíduos também receberam as mesmas proporções de macronutrientes durante o experimento na câmara de respiração.
Os pesquisadores observaram que a suplementação com capsaicina conduziu a um balanço energético negativo de 20,5%, sendo em maior parte devido ao aumento da oxidação de lipídios. Além disso, não houve aumento da pressão arterial de forma significativa.
Portanto, os autores concluíram que “a capsaicina pode ser um alvo interessante para a terapia anti-obesidade, pois essa pesquisa confirma que diversos estudos têm demonstrado que a capsaicina estimula a termogênese, por aumentar o gasto de energia e diminuir a adiposidade por utilizar mais lipídios como substrato energético”.
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