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Consumo de açúcar é maior do que o recomendado

 

Um estudo publicado no The Journal of the American Medical Association, demonstrou que a maioria dos adultos norte-americanos consome mais açúcar adicionado do que é recomendado para uma alimentação saudável e que essa prática está associada a fatores de risco para doenças cardiovasculares (DCV).
 
Com o objetivo de examinar tendências temporais de consumo de açúcar adicionado como percentual das calorias diárias nos Estados Unidos e investigar a associação desse consumo com mortalidade por DCV, pesquisadores da Universidade do Texas utilizaram dados dos inquéritos americanos: National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES, 1988-1994 [III], de 1999-2004, e 2005-2010 [n = 31.147]) e dados de mortalidade da coorte do NHANES III (1988 -2006 [n = 11.733]). Trata-se de uma coorte prospectiva de uma amostra nacionalmente representativa de adultos norte-americanos para realização do estudo de associação. O principal desfecho avaliado foi a mortalidade por doença cardiovascular. 
 
Os resultados demonstraram que entre adultos americanos, a porcentagem média ajustada de calorias diárias provenientes de açúcar de adição foi de 15,7% entre 1988-1994, aumentou para 16,8% entre 1999-2004 e diminuiu para 14,9% entre 2005-2010. A maioria dos adultos consumia 10% ou mais de calorias provenientes de adição de açúcar (71,4%) e aproximadamente 10% dos entrevistados consumiam 25% ou mais, entre 2005-2010.
 
Durante um período médio de acompanhamento de 14,6 anos, foram documentadas 831 mortes por DCV, investigando-se 163.039 pessoas por ano. Os riscos ajustados (hazard ratios – HR) por idade, gênero, raça e etnia para a mortalidade por DCV entre os quintis de porcentagem de calorias diárias consumidas a partir de adição de açúcar foram de 1,00 (referência), 1,09 (IC 95%, 1,05-1,13), 1,23 (1,12-1,34), 1,49 (1,24-1,78), e 2,43 (1,63-3,62; P <0,001), respectivamente.
 
Esses resultados foram bastante consistentes em todas as faixas etárias, gênero, raças/etnias, níveis de escolaridade, níveis de atividade física, índices de alimentação saudável e faixas de índice de massa corporal.
 
“Em quase 15 anos de acompanhamento houve uma significativa relação dose-dependente entre o aumento da ingestão de açúcar adicionado e morte por DCV. Esses resultados foram consistentes em todos os subgrupos, e, durante esse mesmo período de tempo, houve um aumento crescente na prevalência de obesidade na população”, concluem os autores.
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