Pesquisadores gregos publicaram um estudo cujos resultados sugerem que alimentos com propriedades antioxidantes exercem um papel protetor sobre a asma em crianças. De acordo com os autores, esse resultado foi alcançado através uma alta ingestão combinada de legumes, frutas e peixes e uma baixa ingestão de carnes processadas e embutidos.
Foram analisados dados de um estudo coorte com 2.023 crianças de 9 a 10 anos de idade, em duas cidades gregas. Usando um questionário semi- quantitativo de frequência alimentar, um índice de alimentação antioxidante (IAA 0-6) foi criado com duas classificações: alimentos pró-antioxidantes (legumes, frutas, suco fresco, peixe) e os não-antioxidantes (carne, hambúrgueres, embutidos). Os dados foram comparados com o desenvolvimento ou não de doenças alérgicas. Os valores de IAA mais próximos de 6 sugerem maior ingestão de antioxidantes e os mais próximos de 0 sugerem uma dieta pobre em antioxidantes.
A pontuação IAA de todos os participantes foi de 4,2 ± 1,2 (mediana 4,0) e foi maior em meninas do que meninos (4,3 ± 1,1 vs 4,0 ± 1,2, p = 0,001). O consumo de produtos de carne vermelha foi associado com sintomas de asma (p = 0,02). Da mesma forma, a pontuação IAA foi maior em crianças sem sintomas de asma em comparação a crianças com os sintomas (4,3 ± 1,1 vs. 3,9 ± 1,3, p = 0,004). Nenhuma associação com outra doença alérgica ou sensibilização foi detectada.
Diante dos resultados, os autores concluem que os alimentos antioxidantes parecem ser um padrão de dieta protetor para o desenvolvimento de asma em crianças, independentemente de hereditariedade.