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Crianças e adolescentes têm consumido indevidamente bebidas esportivas

Estudo publicado no British Dental Journal aponta que as crianças são atraídas para as bebidas esportivas por causa de seu sabor doce, baixo preço e disponibilidade, e pela falta de informação de pais e filhos de que essas bebidas não são destinadas ao consumo infantil.
 
Conduzido por pesquisadores da Cardiff University School of Dentistry, no País de Gales, o estudo avaliou 160 adolescentes com idade entre 12 e 14 anos em quatro escolas do sul do país. Os alunos completaram questionários que continham perguntas focadas na utilização de bebidas esportivas, como por exemplo o tipo consumido, periodicidade e razão para o consumo e onde as bebidas foram compradas.
 
Metade das crianças entrevistadas afirmaram consumir bebidas esportivas socialmente, e a maioria (80%) comprou em lojas locais. A maior parte (90%) também afirmou que o gosto era um dos fatores que levava à ingestão e apenas 18% afirmou bebê-los para melhorar o desempenho esportivo. O preço foi uma das três principais razões que levou à compra e 26% das crianças afirmou que comprou esse tipo de bebida em centros de lazer.
 
Os autores alertam que bebidas esportivas são destinadas a atletas que participam de provas desportivas de resistência intensa e que também estão associadas à cárie dentária nessa população. Afirmam ainda que água é suficiente para crianças ativas se hidratarem, uma vez que bebidas esportivas de elevado teor de açúcar são desnecessárias para as crianças e a maioria dos adultos.
 
“O propósito do uso de bebidas esportivas está sendo mal interpretado e este estudo mostra claramente evidência de crianças sendo atraídas para essas bebidas com elevado teor de açúcar e baixo nível de pH, o que leva a um aumento do risco de cárie dentária, erosão do esmalte do dente e obesidade”, concluem os autores. “Devia-se investir em uma regulamentação mais rígida em torno do preço, disponibilidade e comercialização de bebidas esportivas para crianças, especialmente ao redor da área da escola, para resguardar a saúde geral e odontológica”, afirmam.
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