Os estudos científicos com produtos contendo probióticos mostram benefícios diferentes, dependendo da cepa probiótica utilizada. Os probióticos têm demonstrado ações terapêuticas e têm sido utilizados no tratamento das doenças diarréicas, na modulação da atividade imune, no tratamento de infecções associadas a Clostridium difficile e na redução do tempo de trânsito intestinal, entre outros.
A Bifidobacterium animalis DN 173-010, usada em produto lácteo disponível no mercado, mostrou capacidade de sobreviver à passagem pelo trato gastrintestinal. Estudo avaliou o tempo de trânsito colônico e os pesquisadores observaram que o probiótico diminuiu em até 40% o tempo de trânsito colônico, principalmente em mulheres, caracterizando-o como alimento funcional.
Outro estudo realizado no Japão observou que a ingestão diária de leite fermentado contendo Lactobacillus casei shirota por voluntários saudáveis melhorou a atividade das células de defesa, resultando em melhora do sistema imune destes indivíduos. Também foi encontrado benefício na ingestão de bebida probiótica com a mesma cepa em pessoas constipadas, a partir da segunda semana de uso.
Produtos contendo mistura de probióticos são citados na literatura. Hickon e colaboradores observaram que a ingestão regular de uma bebida probiótica contendo L. casei, L. bulgaricus e S. thermophilus reduziu a incidência de diarréia por Clostridium difficile em pacientes adultos hospitalizados.
Um estudo duplo cego, placebo-controlado, encontrou maior número de células secretoras de imunoglobulina A em lactentes recebendo fórmula infantil contendo Lactobacillus GG e Bifidobacterium lactis Bb-12, comparados com o grupo placebo. A imunoglobulina A é um anticorpo responsável por proteger o organismo da invasão de vírus ou bactérias pela mucosa. Portanto, os autores sugerem que probióticos específicos poderiam promover a maturação imunológica da mucosa em lactentes.