Estudo publicado na revista científica Critical Care Medicine demonstrou que a deficiência de 25-hidroxivitamina D, no momento da internação em unidade de terapia intensiva (UTI), é um preditor significativo de todas as causas de mortalidade em pacientes criticamente doentes.
A pesquisa incluiu 1.325 pacientes, com idade ≥ 18 anos, em que foram avaliados os níveis séricos de 25-hidroxivitamina D dentro de sete dias antes a sete dias depois da internação em UTI. O estado de vitamina D foi classificado da seguinte maneira: deficiência (25-hidroxivitamina D ≤15 ng/mL), insuficiência (16-29 ng/mL) e suficiência (≥30 ng/mL).
A média de 25-hidroxivitamina D foi de 18,2 (± 13,7) ng/mL, em que 668 (50,4%) eram deficientes, 472 (35,6%) apresentaram insuficiência e 185 (14,0%) indivíduos foram classificados como suficientes. Trinta dias após o início da internação na UTI, os pacientes com deficiência de 25-hidroxivitamina D apresentaram maiores chances de mortalidade em quase duas vezes mais (risco relativo de 1,85; p=0,01) em relação aos pacientes com suficiência em 25-hidroxivitamina D.
Os resultados também foram significativos quando a mortalidade foi avaliada em 90 e 365 dias após a internação na UTI. Além disso, a associação entre vitamina D e mortalidade não foi modificada por raça, sepse e estado socioeconômico.
Segundo os autores, os dados sobre a prevalência exata de deficiência de vitamina D em pacientes críticos eram limitados e os dados existentes de suas baixas concentrações são documentados em pacientes com tempo de internação prolongada, provavelmente relacionados com a baixa exposição à luz solar e imobilidade.
“Nossos dados demonstram que a deficiência de 25-hidroxivitamina D está presente no início da terapia intensiva e está fortemente associada com risco significativamente maior de mortalidade, e que este risco é independente de outras comorbidades”, comentam os autores.
“A administração de doses elevadas de 25-hidroxivitamina D pode corrigir a deficiência de vitamina D em pacientes criticamente doentes, mas são necessários mais estudos para determinar se a suplementação de vitamina D pode melhorar a morbidade ou mortalidade”, concluem.
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