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Dieta hiperproteica reduz estresse oxidativo e citocinas pró-inflamatórias em mulheres obesas

Pesquisadores publicaram na revista Diabetes Care um estudo que demonstrou os efeitos benéficos de uma dieta hipocalórica e hiperproteica na redução do estresse oxidativo e inflamação, bem como na melhora da sensibilidade à insulina em mulheres obesas.

O estudo foi do tipo prospectivo e randomizado que avaliou 24 mulheres obesas, não diabéticas, com idade entre 20 e 50 anos, durante seis meses. As participantes foram distribuídas aleatoriamente em dois grupos: 1) grupo dieta hipocalórica (n=12), contendo 55% de carboidratos, 30% de gordura e 15% de proteína; 2) grupo dieta hipocalórica e hiperproteica (n=12), distribuída em 40% de carboidratos, 30% de gordura e 30% de proteína.  As dietas foram fornecidas diretamente às participantes, fornecendo uma restrição calórica de 500 kcal por dia. Todas as mulheres foram avaliadas no início e após 6 meses da intervenção dietética.

Após as análises estatísticas, os pesquisadores observaram que a dieta hipocalórica e hiperproteica foi capaz de reduzir um marcador de estresse oxidativo, a diclorofluoresceína (p<0,0001), e um marcador de peroxidação lipídica, o malondialdeído (p=0,0004), quando comparada a dieta hipocalórica. A dieta hipocalórica e hiperproteica também melhorou parâmetros associados com a inflamação, reduzindo os níveis de proteína C-reactiva (p=0,0003), E-selectina (p=0,0007), adiponectina (p=0,0011), fator de necrose tumoral-alfa (p<0,0001) e IL-6. Além disso, foram observadas outras melhorias metabólicas incluindo a diminuição dos níveis sanguíneos de ácidos graxos livres (p=0,0002), aumento do gasto energético de repouso (p<0,0001) e melhora da sensibilidade à insulina (p<0,0001).

“Em resumo, nosso estudo demonstra grandes descobertas em que uma maior proporção de proteína na dieta tem efeito positivo sobre as citocinas pró-inflamatórias e estresse oxidativo, bem como a melhora da sensibilidade à insulina. Assim, nossos resultados fornecem uma nova visão sobre os efeitos da distribuição de macronutrientes da dieta sobre parâmetros metabólicos em mulheres obesas não diabéticas. Entretanto, demais estudos devem ser realizados para que esses resultados possam ser generalizados”, concluem os autores.

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