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Dieta mediterrânea pode melhorar o humor a curto prazo

Pesquisadores australianos observaram que mulheres jovens que aderiram a dieta mediterrânea apresentaram após 10 dias elevação no contentamento e no estado de alerta, redução da confusão mental e na pressão arterial, além de uma melhora significativa de aspectos cognitivos.
 
Trata-se de um estudo cruzado, no qual 24 mulheres saudáveis foram alocadas aleatoriamente para seguir um plano de alimentação de estilo mediterrâneo (MedDi), ou para continuar com sua dieta normal, sem mudança (ND) durante 10 dias. Após os primeiros 10 dias, as participantes foram trocadas de grupo em uma forma de contrapeso (as mulheres do grupo MedDi passaram a ser do grupo ND, e as mulheres do grupo ND passaram a seguir a dieta mediterrânea). As voluntárias do grupo MedDi receberam um plano alimentar e diários alimentares para documentar sua ingestão alimentar ao longo do estudo. As do grupo ND foram instruídas a continuar a sua alimentação, como de costume, e também documentaram sua dieta no diário alimentar.
 
Os pesquisadores utilizaram um sistema computadorizado de avaliação de desempenho mental, que avaliou vários domínios cognitivos, incluindo atenção, memória imediata, memória a longo prazo e funcionamento executivo.
 
A dieta exerceu um efeito significativo no peso. As participantes na condição MedDi tiveram uma média de redução de peso de 1,77 kg (DP = 1,55), com um aumento de 0,11 kg (DP = 1,60) na condição ND. No entanto, a alteração no IMC não foi significativa. 
 
Os testes psicológicos aplicados demonstraram que o contentamento e estado de alerta foram aumentados e a confusão mental foi reduzida, na condição MedDi em comparação com a ND. Houve também um efeito significativo da dieta mediterrânea na memória imediata e a longo prazo, além de uma redução da pressão arterial, com relação à condição ND.
 
“O presente estudo indica que a mudança de curto prazo para a dieta mediterrânea pode melhorar os aspectos de humor e saúde cardiovascular em mulheres jovens e saudáveis”, concluem os autores. “Em função desses resultados, futuras pesquisas serão necessárias para avaliar melhor os benefícios psicológicos de seguir essa dieta, incluindo a avaliação cognitiva global, em populações saudáveis e enfermas”, afirmam.
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