Os dados são de uma metanálise e revisão sistemáticapublicada na revista Nutrition Reviewsque incluiu 117 estudos de coorte envolvendo 209.597 pacientes sobreviventes decâncer.
Os resultados demonstraram que a maior ingestão devegetais e peixes foi inversamente associada à mortalidade geral, enquanto omaior consumo de álcool foi positivamente associado à mortalidade geral (RR:1,08; IC 95%: 1,02-1,16).
Pacientes classificados na categoria mais alta dequalidade da dieta foram inversamente associados à mortalidade geral (RR, 0,78;IC95%, 0,72-0,85; pós-diagnóstico RR, 0,79; IC95%: 0,71-0,89), assim como a adesãoà categoria mais alta de padrão alimentar saudável (RR, 0,81, IC 95%,0,67-0,98, RR pós-diagnóstico, 0,77; IC 95%, 0,60-0,99). O padrão dietéticoocidental foi associado com maior risco de mortalidade global (RR, 1,46, IC95%, 1,27-1,68, RR pós-diagnóstico, 1,51, IC 95%, 1,24-1,85).
De acordo com os autores, a classificação dos diversosíndices e padrões dietéticos e seus respectivos componentes resulta em váriosgrupos de alimentos. Os constituintes desses grupos de alimentos podem, pelomenos em parte, explicar os mecanismos bioquímicos pelos quais a dieta afeta apatogênese do tumor. “Por exemplo, um padrão alimentar saudável rico em azeite,frutas, vegetais e peixe, é rico em antioxidantes com compostos fenólicos,flavonoides e ácidos graxos ômega-3 e é frequentemente associado aos efeitosbenéficos. Por outro lado, uma dieta ocidental é rica em grupos de alimentoscom ingredientes potencialmente prejudiciais, por exemplo, carnes vermelhas eprocessadas, que contêm nitrito e nitrato ou ácidos graxos pró-inflamatórios”,explicam.