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Diferentes fontes de proteínas alteram a termogênese e a glicemia

Pesquisadores publicaram na revista The American Journal of Clinical Nutrition um estudo que constatou os efeitos diferenciais de três proteínas sobre o metabolismo energético, saciedade e glicemia.

Este estudo investigou tais variáveis através de refeições com as seguintes composições:

Refeição wey: 50% do valor energético total (VET) em proteína do soro de leite (whey protein), 40% de carboidrato e 10% de lipídios;

Refeição caseína: 50% do VET em caseína, 40% de carboidrato e 10% de lipídios;

Refeição soja: 50% do VET em proteína de soja, 40% de carboidrato e 10% de lipídios;

As três refeições foram comparadas com uma refeição controle rica em carboidrato (95,5% do VET). Além disso, foi testada uma quinta refeição contendo 19% de proteína, 9% de carboidrato e 22% de lipídios, para investigar como essas três proteínas influenciam no índice glicêmico e insulinemia.

Foram estudados 23 indivíduos saudáveis. Todos os participantes foram submetidos calorimetria indireta, que avaliou o gasto energético de repouso (GER). Posteriormente, os indivíduos foram distribuídos aleatoriamente para receber as refeições teste e controle. O GER foi medido antes e após 5,5 horas do consumo das refeições.

O efeito térmico foi maior após a refeição wey (aumento em 14,4% no GER) do que após a refeição caseína (12,0%, p = 0,002), soja (11,6%, p = 0,0001) e refeição rica em carboidrato (6,6%, p < 0,0001). A taxa de oxidação de gordura também foi maior após a refeição wey (16,2 g) do que após a refeição soja (13,7 g, p = 0,097) e após a refeição rica em carboidratos (10,9 g, p < 0,05). A glicemia dos indivíduos após o consumo da refeição wey aumentou em 32%, enquanto que após a refeição rica em carboidrato aumentou em 154% (p = 0,02), caseína em 143% (p = 0,07), e de soja em 151% (p = 0,03). Entretanto, as análises de sensações subjetivas do apetite indicaram que a refeição caseína e soja saciaram mais do que a refeição wey (p < 0,01).

“Nossos resultados confirmam que as refeições ricas em proteínas possuem maior efeito termogênico do que refeições ricas em carboidratos e lipídios, porém, ainda não havia informação na literatura sobre os possíveis efeitos de diferentes fontes proteicas”, comentam os pesquisadores.

“Nosso estudo mostrou que não só as refeições ricas em proteínas possuem maior efeito térmico, mas também que o efeito térmico após o consumo de proteína do soro do leite (whey protein) foi significativamente maior do que após o consumo de caseína e soja. Além disso, verificamos um melhor controle da glicemia com o consumo da proteína do soro do leite do que a caseína e soja. Portanto, proteínas específicas podem ser incorporadas à dieta para modular o metabolismo energético”, concluem.

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