Resultados de um estudo publicado na revista Gut demonstram impacto benéfico do exercício físico sobre a diversidade da microbiota intestinal, mas também indica que a relação é complexa e está relacionada com acompanhamento dietético.
A população do estudo foi composta por 40 jogadores de rugby profissionais com idade média de 29 ± 4 anos e IMC (índice de massa corporal) médio de 29,1 kg/m2 (± 2,9). Dois grupos controles foram especificamente recrutados com base no seu tamanho físico (IMC) em relação aos atletas: o grupo 1 (n = 23) tendo um IMC ≤ 25 kg/m2 e o grupo 2 (n = 23) tendo um IMC > 28 kg/m2. Amostras de fezes e sangue foram coletadas de todos os participantes. O DNA (ácido desoxirribonucleico) foi extraído de amostras de fezes frescas que foram armazenados em gelo antes do uso. Cada participante foi entrevistado por um nutricionista e preencheram um questionário de frequência alimentar (QFA). Para comparar os níveis de exercício entre atletas e os grupos controles foi feita a análise plasmática de creatina quinase (CK), um marcador de exercício intenso.
Como esperado, os atletas e controles diferiram significativamente em relação aos níveis plasmáticos de CK, marcadores inflamatórios e metabólicos. O consumo de energia total, proteínas, gorduras e carboidratos também foi significativamente maior nos atletas em relação aos grupos controles. Os atletas tiveram uma maior diversidade de microrganismos no intestino, o que representou 22 filos distintos. Os autores também observaram uma associação positiva entre a diversidade microbiana e ingestão de proteínas pelos atletas.
“O exercício e a dieta parecem ser fatores importantes na relação entre o metabolismo da microbiota, a imunidade do hospedeiro e o metabolismo do hospedeiro”, concluem os autores.