A hipertensão é um fator de risco primário para doenças cardiovasculares que afeta aproximadamente 40% dos adultos com mais de 25 anos. Já o azeite virgem é considerado um alimento funcional natural que pode produzir benefícios cardiovasculares devido sua composição nutricional e ação antioxidante. Pensando nisso, estudo teve como objetivo comprovar o efeito anti-hipertensivo de peptídeos presente no azeite virgem (não filtrado) em ratos hipertensos, e a atividade inibitória desses peptídeos sobre a enzima conversora da angiotensina (ECA),
Os animais foram distribuídos aleatoriamente em três grupos de estudo e receberam uma dose oral de peptídeos de azeite dissolvidos em água (0,425 mg / kg de peso corporal) ou uma dose de Captopril (50 mg / kg de BW) ou água. Pressão arterial sistólica (PAS) e pressão arterial diastólica (PAD) foram registrados antes e 2, 4, 6, 8, 24 e 48 h após a administração das doses correspondentes.
A oferta do extrato de azeite produziu uma redução média da pressão arterial de 10 mmHg às 4 h (p <0,01) e atingiu um efeito anti-hipertensivo máximo de 20 mmHg às 6 h, em comparação com a linha de base. A redução da PAS também foi observada às 8 horas antes de retornar aos valores iniciais às 24 horas. A curva de redução da PAS obtida para o Captopril foi semelhante à obtida com o extrato de azeite, mas os valores de redução quase dobraram e os efeitos duraram 48 horas. O extrato de azeite não produziu efeitos significativos na PAD quando comparado aos controles.
Em conclusão, o azeite virgem não filtrado contém peptídeos e um extrato solúvel em água obtido a partir deste óleo que possuem atividade inibitória da ECA e efeito anti-hipertensivo in vivo.
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