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Fórmula enteral contendo proteína de soro de leite diminui inflamação e aumenta defesas antioxidantes

Pesquisadores brasileiros da Universidade Federal do Mato Grosso publicaram na revista científica Nutrition um estudo que concluiu que fórmula enteral contendo proteína de soro de leite (whey protein), em comparação com a caseína, pode diminuir inflamação e aumentar as defesas antioxidantes.

Trata-se de um estudo duplo-cego e randomizado, que avaliou 31 idosos internados em unidade de terapia intensiva (UTI) que tiveram acidente vascular cerebral (AVC) isquêmico. Os pacientes receberam nutrição por sonda enteral precoce (35 kcal / kg de peso corporal / dia), sendo divididos em dois grupos: caseína (n = 16) e whey protein (n = 15) durante cinco dias. Ambos os grupos receberam 1,2 g de proteína / kg de peso corporal/dia.

Os desfechos primários avaliados neste estudo foram as mudanças nos níveis séricos de mediadores inflamatórios, como proteína C-reativa (PCR) e interleucina 6 (IL-6), além da glutationa peroxidase (GPx), que é uma enzima com ação antioxidante.

Dos 31 idosos avaliados, 25 completaram o estudo (10 no grupo whey protein e 15 no grupo caseína). Não houve diferença significativa em relação aos níveis de PCR e mortalidade entre os grupos estudados. No entanto, o grupo whey protein apresentou diminuição dos níveis de IL-6 (p = 0,02) e aumento dos níveis da GPx (p = 0,03). Além disso, os níveis de albumina diminuíram do primeiro para o quinto dia de dieta apenas no grupo caseína (p<0,01), enquanto que no grupo whey protein esses níveis permaneceram estáveis.

“Os resultados gerais mostram que para esses pacientes a nutrição enteral precoce, com fórmula que contém proteína de soro de leite, melhora o estado antioxidante e atenua a resposta inflamatória. Além disso, a diminuição da albumina, uma proteína de fase aguda negativa, durante os primeiros dias de alimentação enteral foi significativamente menos intensa nos pacientes que receberam whey protein”, comentam os autores.

“Tomando todos esses resultados em conjunto, os indivíduos que receberam a proteína do soro do leite obtiveram mais benefícios clínicos do que aqueles que receberam caseína. Esses dados são valiosos e permite-nos concluir que a proteína de soro de leite pode diminuir a inflamação e aumentar as defesas antioxidantes em pacientes idosos internados na UTI”, concluem.

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