determinada por grip strength (força do aperto de mão – FAM), nas alterações do
estado de saúde de adolescentes. Neste estudo de coorte longitudinal foram
avaliados fatores de risco cardiometabólicos de 474 estudantes com idade média
de 9,2 anos: atividade física, composição corporal (peso, altura, dobras
cutâneas), aptidão cardiorrespiratória, pressão sanguínea (PA), história
familiar, perfil lipídico, glicemia de jejum, FAM e amostra salivar. Os fatores
de risco incluídos foram excesso de peso, glicemia de jejum elevada, pressão
arterial elevada, triglicérides sérico elevado e baixo HDL.
Os adolescentes
foram avaliados em dois momentos, ao inicio do estudo e após dois anos para análise
da evolução.
Os autores encontraram que as meninas apresentaram melhor PA, e que
meninos tinham maior consumo aeróbico e FAM nos dois momentos mensurados. Tanto
para meninos quanto para meninas a FAM aumentou significativamente do início do
estudo até a próxima aferição. Os adolescentes que apresentaram baixa FAM no
inicio do estudo tiveram maior prevalência de piora do quadro de saúde ou
persistência de problemas de saúde comparados aos que estavam mais fortes
(p<0,001). Os adolescentes que estavam fortes ao inicio do estudo
apresentaram aumento de força quando mantiveram ou melhoraram sua saúde.
A
partir destes dados, os autores concluíram que maior valor de FAM esta
relacionado à manutenção ou melhora da saúde de adolescentes a longo prazo,
mesmo após ajuste de preditores de força como aptidão cardiorrespiratória e
atividade física habitual. Apontam, também, que a baixa FAM poderia ser usada
para prever o risco cardiometabólico e para identificar adolescentes que se
beneficiariam de mudanças no estilo de vida para melhorar a aptidão muscular.
