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Ingestão de cafeína e risco de cálculos renais

“A ingestão de cafeína está associada ao baixo risco de incidência de cálculos renais”, concluem os autores de um estudo publicado no The American Journal of Clinical Nutrition.
 
Com o objetivo de determinar a associação entre ingestão de cafeína e risco de incidência de cálculos renais, pesquisadores analisaram prospectivamente a associação entre ingestão de cafeína e incidência de cálculos renais em três grandes estudos de coorte em andamento, o Estudo de Acompanhamento de Profissionais da Saúde (Health Professionals Follow-Up Study – HPFS), e os Estudos de Saúde de Enfermeiras I e II (Nurses’ Health Studies – NHS).
 
A análise incluiu 217.883 participantes e as informações sobre o consumo de cafeína e a incidência de cálculos renais foram coletadas por meio de questionários validados. 
 
Durante um período médio de seguimento superior a oito anos, ocorreram 4.982 casos incidentes. Após ajuste multivariado para idade, IMC, ingestão de fluidos e outros fatores, os participantes nos quintis mais altos de ingestão de cafeína tiveram risco 26% menor de desenvolvimento de cálculos renais na coorte HPFS, risco 29% menor na coorte NHS I, e risco 31% menor na coorte NHS II (p<0,001 para todas as coortes). 
 
A associação permaneceu significativa no subgrupo de participantes com baixa ou nenhuma ingestão de café com cafeína na coorte HPFS. Entre os 6.033 participantes com dados de urina de 24 horas, a ingestão de cafeína foi associada com maiores volumes de urina, de cálcio e de potássio, com menores concentrações de oxalato e com menor supersaturação de oxalato de cálcio e ácido úrico.
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