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Maior consumo de ômega 3 não reduz risco cardiovascular

Abdelhamid e colaboradores dogrupo do coração da Cochrane realizaram revisão sistemática para avaliar osefeitos da ingestão de gordura poli-insaturada sobre doenças cardiovasculares eoutros desfechos relacionados. Na revisão, foram incluídos estudos randomizadoscontrolados que compararam alta e baixa ingestão de gordura poli-insaturada, incluindoômega-3 de origem animal (EPA e DHA) ou vegetal (ALA), em adultos. Asintervenções utilizadas foram na forma de suplementação alimentar, ou orientaçãodietética, que deveriam apresentar uma diferença de 10% no aumento oudecréscimo da ingestão de ômega-3 em relação ao inicio do estudo. Foramavaliados como desfechos principais mortalidade por todas as causas,mortalidade cardiovascular, eventos cardiovasculares, mortalidade por doençacoronariana, eventos relacionados à doença coronariana, acidente vascularencefálico (AVE), arritmias, embolia pulmonar, sangramentos, trombose venosaprofunda.

Foram incluídos 79 estudos,totalizando 112.059 participantes, com duração entre 12 e 72 meses. As análisessugeriram pouco ou nenhum efeito do aumento do consumo de DHA e EPA sobre todasas causas de mortalidade (RR 0.98), mortalidade cardiovascular (RR 0.95) eventoscardiovasculares (RR 0.99) mortalidade por doença coronariana (RR 0.93), AVE(RR 1.06) ou arritmia (RR 0.97). As mesmas analises demonstraram que a ingestãode ALA também apresentou pouco ou nenhum efeito sobre todas as causas demortalidade (RR 1.01), mortalidade cardiovascular (RR 0.96) eventos relacionadosà doença coronariana (RR 1.00). No entanto, o aumento na ingestão de ALA podereduzir fracamente o risco de eventos cardiovasculares (RR 0.95) e o risco de mortalidadepor doença coronariana (RR 0.95) e arritmia (RR 0.79). Os efeitos sobre infartonão foram claros. Não há evidencias que o aumento do consumo de EPA, DHA ou ALAtenha efeito sobre adiposidade ou lipídeos plasmáticos, embora EPA e DHA possamreduzir levemente os níveis de triglicerídeos e aumentar HDL e ALA possaprovavelmente reduzir HDL.

Dessa maneira, os autoresconcluíram que o aumento na ingestão de EPA e DHA tem pouco ou nenhum efeito sobremortalidade e saúde cardiovascular. Evidencias de baixa qualidade sugerem que oaumento na ingestão de ALA pode reduzir levemente o risco  de mortalidade cardiovascular, mortalidade pordoença coronariana e arritmia.

 

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