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AVALIAÇÃO DO GASTO ENERGÉTICO MEDIDO POR DOIS MÉTODOS DE CALORIMETRIA INDIRETA EM MULHERES SAUDÁVEIS

Justino SR; Horie LM; Zilberstein B; Gama-Rodrigues J.

Metanutri- Laboratório de Fisiologia e Disturbios Esfincterianos – LIM 35. Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Brasil.

RESUMO

Objetivo: A calorimetria indireta (CI) é um método padrão ouro para determinar o gasto energético (GE). Na prática clínica, a aquisição e manutenção de um equipamento de CI possuem um custo elevado. O gasto energético estimado por meio de equações nem sempre é fidedigno, portanto novos métodos para determinação do GE são necessários. O objetivo deste estudo foi comparar dois métodos de CI: aparelho de CI (padrão ouro) através de troca de CO2 e O2 e novo aparelho de CI portátil através de O2 medido.

Métodos: 10 mulheres voluntárias saudáveis (na fase folicular do ciclo menstrual) com idade entre 26.7 ± 6.31 anos e IMC de eutrofia (média 21,3 ± 1,2Kg/m2) foram selecionadas para este protocolo. Anteriormente à avaliação do gasto energético de repouso (GER), as voluntárias deveriam: (a) estar em jejum de 10 horas, (b) não terem realizado exercício vigoroso 24 horas antes da avaliação (c) sem uso de cigarro e/ou estimulantes por 02 horas. Cada participante foi submetida aos 02 métodos consecutivamente (de forma randomizada).Os aparelhos de CI utilizados foram os modelos Deltatrac II (DT) (Datex-Engstron Division, Instrumentarium Corp., Finland) de alto custo, que determina o GER através do VO2 e VCO2 e considera a variação do quociente respiratório (RQ) e o MedGem (MG) (Health Tech Inc., UK), recentemente desenvolvido, portátil, fácil de manusear e de baixo custo, que determina o GE exclusivamente através do VO2 e considera um RQ fixo de 0,85.

Resultado: As medidas do gasto energético pelos métodos DT e o MG foram significantemente correlacionados (r=0,93). Não houve diferença da média do GER entre dois métodos 1186 ± 95 vs 1251 ± 130 Kcal/24h, respectivamente (p <0.05 – teste T pareado).

Conclusão: O novo aparelho MG, de fácil manuseio e baixo custo para determinação do GE, pode ser utilizado na prática clínica em mulheres saudáveis com IMC adequado.

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