A Sociedade Brasileira de Cardiologia discorre sobre protocolos terapêuticos para mulheres grávidas que possuem problemas cardiovasculares, assim como ferramentas diagnósticas. No Brasil, doenças relacionadas ao coração estão presentes em 4% das gestações, sendo a causa principal de mortalidade materna não relacionada a gravidez.
Para diagnosticar a doença e determinar seu presente risco para a gestante e o feto é recomendada realização de anamnese que investiga histórico familiar: morte prematura, cardiomiopatia, doença cardíaca congênita, taquicardia ventricular e presença de sintomas como dispneia, fadiga, tontura e palpitações. Também é sugerido no documento realização de exames laboratoriais, assim como exame físico para avaliar possíveis modificações fisiológicas durante a gestação.
Em caso de prescrição de fármacos, a diretriz apresenta como pontos importantes a recomendação de medicamentos considerados seguros e aceitos durante a gravidez, além de orientar que o profissional considere a farmacocinética do remédio antes de prescreve-lo.
O documento apresenta também, pontos relacionados a mudanças no estilo de vida. Apesar da atividade física para grávidas saudáveis ser indicada, a Universidade Americana de Obstetrícia e Ginecologia contraindica a prática de exercícios físicos durante a gravidez de mulheres que apresentam doenças cardiovasculares, classificadas pela Organização Mundial da Saúde como risco III ou IV.
É elucidado a importância do cuidado pré-natal de gestantes portadoras de doenças cardiovasculares por uma equipe multiprofissional, com consultas regulares ao cardiologista. Orientações relacionadas ao estilo de vida devem ser individualizadas e estar de acordo com a classificação de risco da Organização Mundial da Saúde.
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