A presente diretriz foi desenvolvida a partir de um consenso multidisciplinar clínico e abrange aspectos pertinentes ao tratamento e diagnóstico da Isquemia Mesentérica Crônica, visto que esta é uma doença que não é frequentemente tratada e identificada, provavelmente devido à falta de ferramentas diagnósticas.
A Isquemia Mesentérica Crônica pode ocorrer tanto por causas oclusivas, como não oclusivas, sendo a aterosclerose a causa mais comum para os quadros obstrutivos. Essa doença acomete em maior número o sexo feminino.
Pacientes em estado iniciais da doença reportam frequentemente presença de sintomatologia abdominal após refeições. Esses sintomas podem ser explicados pelo aumento da demanda de oxigênio, que excede a capacidade do organismo em fornecer sangue oxigenado após as refeições. Pacientes em estágios mais avançados geralmente relatam dores abdominais permanentes pois se encontram numa situação na qual o fornecimento de sangue pré prandial é insuficiente. Nesses casos, o quadro pode se agravar ainda mais após ingestão de alimentos.
A recomendação para critério diagnóstico se baseia nos sintomas mais comuns relatados pelos pacientes, sendo esses dores abdominais pós refeição, perda de peso (>5% peso corporal), adaptação dos padrões alimentares para ingestão de menores porções e diarreia. Mesmo na ausência desses sintomas, também é recomendado investigação da doença, podendo ser através da exclusão diagnóstica de outras patologias como úlcera duodenal, pancreatite crônica, doença celíaca e síndrome do intestino irritável. Informações adicionais podem ser obtidas através de métodos de imagem.
A restauração da circulação mesentérica deve ser a prioridade do tratamento. Mesmo que o paciente apresente quadro de desnutrição não é recomendado ingestão oral, início da terapia enteral ou início da terapia parenteral antes da revascularização das artérias mesentéricas.
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