Passoni,C. M. S.; Teixeira, M P2; Druszcz P. F2.; Marchini,K. P2; Soares A. G. B2; Câmara J2.
1. Nutricionista, Doutoranda em Nutrição Clínica – Unesp, Professora do Curso de Nutrição- UNIANDRADE, Curitiba, PR.
2. Acadêmica do Curso de Nutrição da UNIANDRADE.
e-mail: cypassoni@uol.com.br
Introdução: A infância é um período de intenso crescimento e desenvolvimento e consequentemente de necessidades nutricionais especiais É nesta fase, que acontecem distúrbios nutricionais importantes como a desnutrição que altera o desenvolvimento mental e a obesidade, que acarreta problemas cardiovasculares e seqüelas na idade adulta. Portanto, é importante que o ensino escolar fundamental esteja vinculado com conhecimentos relativos à alimentação, promovendo o despertar da consciência alimentar no aluno. A educação assim dirigida, contribui para a formação de hábitos alimentares corretos, favorecendo uma postura de valorização do alimento como um bem indispensável à vida. Objetivo: Implementar “Educação Nutricional” nas escolas públicas de Curitiba-Pr, interagindo pais, alunos e professores na promoção da saúde. Metodologia: O trabalho foi realizado em uma escola pública, com 60 crianças de 1ª serie do ensino fundamental, com idade entre 6 e 8 anos. Inicialmente, foi realizada avaliação antropométrica para traçar perfil nutricional das crianças. Em seguida elaborado um programa, com duração de dois meses, com aulas e atividades semanais ministradas por alunas do sétimo período de nutrição, englobando conscientização dos pais, professores e alunos sobre a importância da alimentação e o papel de cada um nesse processo. Foram desenvolvidas atividades didáticas: 1º.) dinâmica com desenhos representativos de alguns alimentos, na qual cada aluno pintou os que consomem com maior freqüência “Pinte o que você mais come”, 2º.) palestra aos pais e professores, 3º.) apresentação e dinâmica.da pirâmide alimentar às crianças. Na segunda etapa do trabalho, para avaliação da efetividade das atividades e mudanças de hábito alimentar, foi aplicada novamente às crianças a atividade “Pinte o que você mais come” e comparada à aplicada inicialmente. Resultados: Quanto à avaliação do estado nutricional utilizando P/E (NCHS,2000) 91,66% das crianças apresentavam –se eutróficas, 4,16% obesas e 4,16% desnutridos. Na primeira atividade de escolha dos alimentos mais consumidos 46% das crianças pintaram o suco artificial, 21% o sanduíche, 21% frutas e sucos naturais, 6% a bolacha, 5% salgadinho de saquinho, 2% verduras e legumes. Após as atividades de Educação nutricional obtivemos aumento no consumo de verduras e legumes para 46% e frutas e sucos naturais para 32%. Discussão: Em geral, a avaliação antropométrica e a freqüência de consumo dos alimentos estão aceitáveis, podendo ser melhoradas com o aumento do consumo de verduras legumes e frutas. O consumo de doces como chocolate foi nulo, talvez pelo fato das crianças não terem fácil acesso diário a estes alimentos. Após o trabalho de educação nutricional, observou- se significativas alterações nas escolhas dos alimentos, retratando a aquisição dos conceitos abordados e a efetividade das atividades desenvolvidas. Conclusão: A educação nutricional nesta fase é essencial, eficaz e muito bem aceita pelas crianças. O presente trabalho é uma proposta viável; as atividades realizadas são de metodologia simples, de baixo custo, podem ser trabalhadas paralelamente à programação curricular enriquecendo o ensino escolar e promovendo melhora no aprendizado e na qualidade de vida das crianças.