Sabemos que o envelhecimento é um processo continuo que acompanha inúmeras alterações físicas, mentais e funcionais que impactam diretamente na qualidade de vida de idosos.
O envelhecimento muitas vezes é associado com comorbidades decorrente da idade, as síndromes geriátricas. Essas síndromes podem ser identificadas de diversas maneiras o que influencia em seu diagnóstico, sendo que as principais síndromes geriátricas são:
– Déficit auditivo – Desordens de movimentos -Incapacidade funcional
-Déficit cognitivo – Fragilidade -Incontinência
-Déficit visual -Latrogenia -Instabilidade
-Depressão -Imobilidade
Nesse cenário, a avaliação geriátrica eficiente e completa se faz necessária para que haja um diagnóstico abrangente e precoce dessas comorbidades, facilitando a sua abordagem e tratamento e diminuindo riscos de complicações futuras.
Quais são os instrumentos mais adequados?
Os instrumentos são tabelas e/ou escalas e normalmente separados de acordo com o objetivo da avaliação, assim facilitando o diagnóstico e rastreamento de doenças no paciente.
Nessas ferramentas, podemos avaliar a fragilidade, o estado nutricional, o estado funcional, o equilíbrio e marcha, a visão e o estado mental. Dentre eles podemos destacar os seguintes métodos:
– Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) e Prisma 7: Esses são um dos métodos utilizados na avaliação de fragilidade no idoso, onde pode saber mais clicando aqui.
– Escala de Lachs: A escala é um instrumento multidimensional usada na triagem funcional do idoso que tem por objetivo rastrear indicadores de perda de capacidade funcional. O instrumento é composto por 11 itens, diferenciados em perguntas, medidas antropométricas e teste de desempenho.
– Escala de Katz: Essa ferramenta é utilizada para avaliar o desempenho em atividades básicas de vida diária, como, tomar banho, controle da bexiga, capacidade de se vestir e outros.
– Escala de Lawton: A ferramenta criada por Lawton & Brody, em 1969, avalia em 7 perguntas o desempenho em atividades instrumentais de vida diária, como capacidade para atender ao telefone, fazer compras, preparar refeições, realizar tarefas domésticas, locomoção, uso de medicamentos e controle de finanças, onde quem obter mais pontos tem-se uma maior independência.
– Miniavaliação Nutricional – MNA: A avaliação nutricional engloba avalição antropométrica, avalição global e avaliação dietética para identificar risco nutricional.
– Escala de Tineti: O teste de Performance-oriented mobility assessment of gait and balance (POMA) ou escala de Tineti, é utilizada para detectar fatores de risco de quedas em idosos, sendo dividido em 2 partes que avaliam o equilíbrio e a marcha.
– Escala Visual ou cartão de Jaeguer: Esse método avalia possíveis disfunções visuais.
– Teste de Folstein: O teste avalia a função cognitiva de pacientes, possuindo três domínios cognitivos: orientação (temporal e espacial), memória, atenção e cálculo, praxia e linguagem.
– Escala de Depressão Geriátrica – EDG ou Escala de Yesavage: Essa escala foi desenvolvida para rastreamento de depressão em idosos, contendo 30 ou 15 itens com perguntas como ‘’satisfeito com a vida?’’, ‘’acha sua vida vazia?’’ entre outros.
Esses e outros instrumentos podem ser visualizados clicando abaixo na cartilha elaborada pela UFRJ:
Guia dos instrumentos Avaliação Geriátrica
Referência
ESENFC. João Apóstolo. Instrumentos para avaliação em geriatria Documento de apoio. Maio, 2012.
PAIXÃO JUNIOR, Carlos Montes et al. Uma revisão sobre instrumentos de avaliação do estado funcional do idoso. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 21, n. 1, p. 7-19, fev. 2005.
VERAS, Renato Peixoto. Guia dos Instrumentos de Avaliação Geriátrica [Recurso Eletrônico]. Rio de Janeiro: Unati/UERJ, 2019.