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PERFIL DA INGESTÃO CALÓRICA E PROTEICA OBSERVADA EM CANDIDATOS A TRANSPLANTE DE FÍGADO

Co-autores: Ieka S. F. Boin; Marília Iracema Leonardi; Luís Sérgio Leonardi

Introdução – A hepatopatia crônica grave cursa com complicações que frequentemente contribuem para a diminuição da ingestão alimentar. Objetivo – Levantar o perfil de ingestão calórica e protéica da dieta de pacientes candidatos a transplante hepático de acordo com o grau de compromentimento da função hepática, estabelecida através do índice de Child – Pugh. Métodos – Foram estudados 47 pacientes cirróticos (Child A (19%), B (53%) e C (28%), distribuídos como alcoólicos (n= 11), não alcoólicos (n = 29) e mistos (n = 7) de ambos os sexos, sendo M=34 (72%); F=13 (28%), com idade média de 48 anos ± 9,5 seguidos em Ambulatório de Transplante Hepático. A avaliação nutricional foi realizada mediante anamnese pessoal e alimentar completa. Para os cálculos calórico e protéico foram utilizadas tabelas de composição centesimal, cujos dados foram compilados por computador. Resultados – A ingestão calórica média foi de 1738 Kcal/dia ± 731 Kcal (Child A), 1879 Kcal/dia ± 628 Kcal (Child B) e 1642 Kcal ± 528 Kcal (Child C) ; 29,3 ; 29,6 e 26,5 Kcal/Kg/dia (peso ideal) ± 12,3; 7,7; 8,6 Kcal, respectivamente para Child A, B, C . A ingestão protéica média foi de 76,6 g/dia ± 31,5 (A), 78,2 g/dia ± 32,9 (B) e 69,7 g/dia ± 33,1 (C) ou 1,29 g/Kg/dia ± 0,5g (A), 1,2 g/Kg/dia ± 0,4g (B) e 1,06 g/Kg/dia ± 0,4g (C) . Conclusão – Conclui-se que ocorre uma tendência à diminuição na ingestão calórica e protéica, à medida que o grau de comprometimento hepático vai aumentando e as complicações vão se acentuando, resultado concordante a outras casuísticas; observou-se também uma idéia embaraçosa trazida pelos pacientes de que o consumo de alimentos proteicos é prejudicial à hepatopatia independente da existência ou não de complicações como encefalopatia hepática e respectivo grau, portanto fica evidente a importância de se levantar o perfil de ingestão alimentar, acompanhado de educação nutricional, bem como a interação da equipe multidisciplinar de assistência, que vai precisar o momento de se restringir ou aumentar a ingestão alimentar de tais macronutrientes a fim de preservar o bom estado nutricional desta população de pacientes.

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