A diabetes tipo 1 é uma condição provocada por uma falha autoimune nas células produtoras de insulina do pâncreas, as células Beta, levando a deficiência grave de insulina endógena, podendo acometer as variadas faixas etárias.
Apesar de, nos dias atuais, o uso da insulina ser um método muito eficaz para o seu tratamento e controle, a adequada alimentação, seguida de uma prática regular de exercício física também se torna essencial. Nesse contexto o acompanhamento constante de profissionais de saúde é fundamental para minimizar sintomas e promover o controle da diabetes.
A Associação Americana de Diabetes (ADA) e a Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD), publicou no final de 2021, um consenso sobre o manejo terapêutico da diabetes tipo 1.
No relatório, divido em 6 seções, é abordado o diagnóstico da diabetes, os objetivos e metas do seu tratamento, a importância da educação, do autocuidado e do planejamento clínico, métodos para o monitoramento da glicose, atenção à condição psicossocial e cuidado a cetoacidose, além de trazer recomendações para condições especiais e as perspectiva do futuro da doença.
Diabetes tipo 1 ou Diabetes tipo 2
Identificar o tipo da doença em pacientes recém-diagnosticado tende a ser um desafio na prática clínica, já que alguns pacientes podem apresentar inclinações tanto para DM1 quanto para DM2, prejudicando o seu tratamento.
Sendo assim, o consenso traz particularidades a serem avaliadas no momento do diagnóstico de diabetes tipo 1, como podemos ver abaixo:
- Idade: <35 anos;
- IMC: <25 kg/m 2;
- Perda de peso não intencional;
- Cetoacidose e glicose >20 mmol/L (>360 mg/dL).
A nutrição na DM1
Uma boa alimentação tem um papel fundamental no controle da diabetes, em especial a regulação da ingestão de carboidratos, logo que, a sua ingestão tem ligação direta com os níveis de glicose sanguínea.
O método de orientação alimentar mais discutido e recomendando pelas sociedades médicas é a contagem de carboidratos, sendo assim, uma alimentação com padrão saudáveis e o controle de ingestão de carboidratos, contribuiu no ajuste da dosagem de insulina na hora das refeições.
Entanto, as associações destacam que não há um padrão alimentar definitivo a ser seguido por pacientes com diabetes tipo 1, aconselhando a abordagem nutricional ser individualizada e levar em conta particularidades do paciente, como, condição socioeconômica, preferências alimentares, histórico de comorbidades e aspectos culturais.
Estilo de vida e diabetes
Além do tratamento nutricional, o consenso ainda aborda o uso de álcool e cigarro por pacientes com DM1, atenção ao sono e incentivo à prática regular de atividade física.
Para conferir o consenso na íntegra, clique aqui.
Veja também: Atualização ADA: Padrões de Assistência Médica em Diabetes — 2021