A Sociedade Vegetariana Brasileira publicou parecer acerca da adoção do vegetarianismo por crianças, afirmando que essa é uma prática saudável quando há planejamento alimentar e acompanhamento nutricional, assim como qualquer outro tipo de dieta.
O documento discute sobre estudos realizados com crianças vegetarianas/veganas que tiveram alimentação planejada (e vitamina B12 suplementada), evidenciando crescimento e desenvolvimento adequado, sem redução da velocidade de crescimento quando comparadas às crianças onívoras.
Baseado na literatura disponível atualmente e identificando erros alimentares ocorridos em publicações sobre o tema, a SBV lista alguns cuidados e condutas que devem ser levados em consideração na prescrição de dieta vegetariana/vegana em pediatria:
Não substituir o leite materno por leites vegetais caseiros
Caso seja inviável o uso do leite materno, o bebê vegetariano deve receber fórmulas industrializadas, substitutas do leite materno. Em casos de dieta vegana, a fonte proteica deve ser outra que não a do leite de vaca.
Não suspender aleitamento materno antes dos 6 meses de vida
A orientação é que se mantenha o aleitamento materno exclusivo até os 6 meses de vida e que seja continuado até pelo menos os 2 anos de vida
Não restringir em demasiado a ingestão de gordura de boa qualidade
Não restringir alimentos fonte de gorduras de melhor qualidade (ômega-3, 6 e 9, mas com menor quantidade de ômega-6) na dieta infantil até 2 anos de idade, visando otimizar o aporte energético e oferta de ácidos graxos essenciais. É importante haver sempre a oferta de ômega-3 (linhaça, chia, nozes) ou o uso de DHA.
A SVB lista mais uma série de informações relevantes, veja todas elas baixando o PDF disponível abaixo.