Trata-se de uma revisão sistemática sobre o uso de álcool e seus malefícios. No total 68 estudos preencheram os critérios de inclusão, compondo uma amostra combinada de 4.426.673 indivíduos.
A maioria dos estudos abrangeu períodos de 20 anos ou mais. A maioria dos estudos foi realizada na América do Norte (36,7%) ou na Europa (39,7%) e o restante foi realizado principalmente na Ásia ou na Oceania.
Os pesquisadores descobriram que durante o século XX a proporção de uso de álcool entre os sexos caiu de mais de 2:1 (sendo 2 para os homens e 1 para mulheres) à quase paridade. Os resultados também indicaram uma proporção semelhante entre os sexos com o uso prejudicial do álcool e dos efeitos deletérios relacionados com o álcool durante o século passado.
A maioria dos 42 estudos sugeriu que houve um aumento do uso de álcool entre as mulheres. De fato, em 5% dos estudos a proporção entre os sexos foi inferior a 1, indicando que as mulheres podem estar bebendo mais do que os homens.
Os autores também destacam que a convergência entre homens e mulheres é notável porque as pessoas nascidas nas coortes mais recentes têm no máximo entre 15 e 25 anos. “Dado que este grupo mais jovem ainda está no período inicial de sua trajetória de uso de álcool, estes resultados frisam a importância de um acompanhamento aprofundado das coortes de jovens de ambos os sexos à medida que chegam aos 30 e 40 anos de idade, e mais além”, afirmam os autores.
“Historicamente, os transtornos decorrentes do uso de álcool e o próprio uso de álcool têm sido encarados como um fenômeno masculino”. O presente estudo contradiz esta associação e sugere que particularmente as mulheres jovens devem ser alvo de esforços concentrados para reduzir o impacto do uso de entorpecentes e dos seus efeitos nocivos”, acrescentam.