Resultados de um estudo publicado no Journal of the Balkan Union of Oncology, demonstraram que em pacientes com câncer gástrico submetidos à gastrectomia, a nutrição enteral precoce apresentou resultado clínico, função imune e estado nutricional melhores, em relação ao grupo controle, que recebeu nutrição parenteral no pós-operatório.
Conduzido por Li e colaboradores, o estudo investigou o impacto da nutrição enteral precoce (NEP) sobre desfechos clínicos de 400 pacientes com câncer gástrico submetidos à gastrectomia. Os pacientes foram divididos aleatoriamente em dois grupos: experimental, que recebeu NEP, e controle, que recebeu nutrição parenteral no pós-operatório. Variáveis de função imune no pós-operatório, desfechos clínicos e estado nutricional foram coletados de ambos os grupos.
Os resultados demonstram que o tempo de recuperação da função intestinal, escape anal, dias de febre e internação hospitalar foram significativamente menores no grupo experimental em comparação ao grupo controle.
As atividades de vários tipos de células imunitárias, tais como CD3 (+), CD4 (+), CD4 (+)/CD8(+), e células natural killer (NK) foram significativamente mais baixos em ambos os grupos no primeiro dia pós-operatório em comparação ao pré-operatório (p < 0,05).
Após a intervenção nutricional, os níveis de células como CD3 (+), CD4 (+), CD4 (+)/CD8(+), e células NK nos pacientes do grupo experimental foram 35,6 ± 4,2; 42,2 ± 3,0; 1,7 ± 0,3 e 27,3 ± 5,3%, respectivamente no sétimo dia pós-operatório, valores semelhantes aos do pré-operatório. Diante de tais resultados, os autores sugerem a utilização da NEP na prática clínica para estes paciente.