A dieta crudivorista ou crudivorismo faz parte de um subconjunto de dietas vegetarianas em que é composta apenas de alimentos crus. Os indivíduos adeptos ao crudivorismo evitam carne de qualquer espécie e consomem preferencialmente alimentos frescos, brotos, germinados, frutas, hortaliças e oleaginosas. Além disso, evitam o consumo de alimentos processados e refinados, laticínios, grãos de cereais, sal e açúcar.
A dieta composta de alimentos crus foi proposta em meados do século 19, quando Sylvester Graham desenvolveu a ideia de que pessoas que consumissem alimentos crus nunca ficariam doentes e que nossos ancestrais não ingeriam alimentos cozidos.
Uma das argumentações favoráveis ao consumo de alimentos crus é a manutenção de nutrientes que são normalmente perdidos durante a cocção. Por exemplo, algumas vitaminas, como as hidrossolúveis (vitamina C e complexo B), podem ser destruídas ou inativadas, proteínas podem ser desnaturadas e os lipídeos sofrem oxidação. Além disso, o cozimento potencializa o efeito de agrotóxicos, pois estes podem se desintegrar, formando compostos cancerígenos mais potentes. Um dos exemplos são tomates com agrotóxicos que, quando cozidos, possui efeito tóxico maior do que tomates crus.
Entretanto, deve-se avaliar cuidadosamente o consumo de proteínas e de vitamina B12 devido a ausência do consumo de alimentos de origem animal, bem como cereais e leguminosas na dieta crudivorista..Ainda pode haver deficiência de ácidos graxos essenciais, caso não seja suficiente o consumo de oleaginosas. Além disso, o cozimento aumenta a biodisponibilidade e inibem alguns fatores antinutricionais presentes nos grãos.
A posição da American Dietetic Association (ADA), em relação ao crudivorismo, indica que os dados sobre o efeito desta dieta na saúde ainda são limitados e ressalta que o acompanhamento nutricional é fundamental a fim de evitar a deficiência de nutrientes. Além disso, alerta que esse tipo de dieta restritiva não deve ser recomendada para lactentes e crianças.