A fucoxantina é um pigmento presente em algas pardas ou marrons comestíveis, como a Undaria pinnatifida (Wakame), Hijikia fusiformis (Hijiki) e Laminaria japonica (Ma-Kombu). Trata-se de um carotenoide pertencente à classe dos que não são convertidos em vitamina A (não pró-vitamina A) e está relacionado com propriedades antioxidantes, anticâncer, antiobesidade e antidiabetes.
Estudos experimentais demonstram efeitos promissores da fucoxantina incluindo a melhora da saúde cardiovascular, redução da inflamação, diminuição dos níveis de colesterol e triacilglicerois plasmáticos, controle da pressão arterial e melhora da função hepática. Neste sentido, suas aplicações têm sido relacionadas com a prevenção e tratamento da síndrome metabólica, obesidade e outras doenças crônicas. Além disso, esses estudos verificaram que a suplementação com a fucoxantina isolada é segura e não está relacionada com efeitos adversos.
Uma das aplicações clínicas mais promissoras é na obesidade, pois a fucoxantina aumenta a quantidade de energia liberada na forma de calor no tecido adiposo, ou seja, aumenta a termogênese. O mecanismo de ação está associado com a indução da expressão da proteína desacopladora-1 (UCP-1, também conhecida como termogenina) no tecido adiposo branco, levando ao aumento da oxidação de ácidos graxos e produção de calor. No entanto, apenas um estudo realizado em humanos avaliou a eficácia da suplementação de fucoxantina na perda de peso. O estudo foi realizado por Abidov M. e colaboradores, em que testaram um suplemento contendo fucoxantina (2,4 mg), durante 16 semanas, em 151 mulheres obesas na pré-menopausa. A dieta foi reduzida para 1800 kcal por dia, com 50% de carboidrato, 30% de proteína e 20% de gordura. Os resultados demonstraram que houve redução significativa do peso corporal, massa gorda e pressão arterial, além de diminuição dos níveis de triacilglicerois e marcadores inflamatórios.
Portanto, apesar dos estudos experimentais encontrarem efeitos benéficos da fucoxantina, os estudos em seres humanos ainda são escassos e existem poucas informações a respeito de sua dosagem na prevenção e tratamento de doenças. Por isso, é necessário cautela para realizar sua recomendação.