De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, crianças e adolescentes com obesidade que não apresentam intolerância à glicose nem diabetes mellitus, é preferível modificar o hábito alimentar, estimulando o consumo moderado de alimentos ricos em açúcar e de doces, além de limitar a ingestão lipídica. Nos casos de intolerância à glicose e no diabetes mellitus já instalado, a substituição do açúcar deve ser total, preconizando-se o uso de adoçante. Portanto, crianças com o peso corporal dentro dos limites desejáveis não necessitam utilizar adoçantes.
Os adoçantes mais comuns (ciclamato, sacarina, sucralose e aspartame) não devem ser utilizados indiscriminadamente na alimentação infantil, pois não se sabe ao certo quais são os seus efeitos em longo prazo. Algumas alternativas têm sido desenvolvidas na indústria de alimentos visando reduzir o conteúdo de ciclamato e sacarina, como por exemplo associando-os com o esteviosídeo (de origem natural), para evitar que se ultrapasse o limite tolerável de cada um deles, porém ainda são poucos os estudos sobre esse último componente.
A Academia Americana de Pediatria, não tem recomendações oficiais sobre o uso de adoçantes por crianças devido à escassez de estudos com essa população, mas alerta para o alto consumo de bebidas gaseificadas, como os refrigerantes, que utilizam grandes quantidades de adoçantes no lugar do açúcar e a ingestão excessiva dessas bebidas pode causar uma série de efeitos negativos para a saúde, como a erosão do esmalte dentário e a elevação do risco de desenvolvimento de doenças ósseas (osteopenia e osteoporose). Além de serem utilizados em substituição ao consumo de leite e derivados lácteos, os refrigerantes fosfatados tipo cola, propiciam o aumento da excreção urinária de cálcio.