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Os probióticos podem agir beneficamente em toda a extensão do trato gastrintestinal?

 

 

 

 

 

 

 

Sim. O consumo de probióticos aumenta a resistência e até mesmo elimina os microorganismos potencialmente patogênicos.

 

A microbiota intestinal humana é estéril no nascimento e vai se modificando durante a infância, tornando-se mais estável durante a vida adulta. Dessa forma, ela é responsável por proteger o hospedeiro da invasão de microorganismos patogênicos, agindo como uma barreira física e imunológica.

 

Kirjavainen e col. verificaram que a suplementação com Bifidobacterium lactis em fórmula infantil modificou a microbiota intestinal e melhorou os sintomas de eczema atópico em crianças na época do desmame.

 

Da mesma forma, por equilibrar a microbiota intestinal, os probióticos também têm sido usados no tratamento e prevenção de diarréias. Metanálise mostrou que crianças que receberam probióticos tiveram menor duração de diarréia aguda.

 

Presentes em todo o trato gastrintestinal, os probióticos têm preferências por locais de ação dependendo da espécie e cepa utilizadas. Os lactobacilos agem no íleo terminal e as bifidobactérias no cólon.

 

Outro benefício dos probióticos foi verificado em estudo prospectivo, randomizado e aberto. Pesquisadores verificaram que o consumo de iogurte contendo probiótico melhorou parâmetros relacionados com a evacuação intestinal em mulheres com constipação funcional. Os autores sugerem que a mudança na flora intestinal com o consumo de probióticos pode acelerar o trânsito intestinal no cólon por alterar a capacidade de absorção de água, melhorando o funcionamento intestinal.

 

A atuação dos probióticos também está sendo estudada na cavidade oral. Um estudo envolvendo crianças encontrou diminuição da ocorrência de cáries após consumo de leite contendo probiótico. Caglan e col. encontraram remissão de microrganismos causadores de cáries em voluntários que consumiram iogurte contendo Bifidobacterium animalis DN-173 010.

 

É necessário atentar para algumas situações que podem alterar a população de bactérias probióticas do intestino, como o uso de antibióticos, estresse ambiental e mudanças na alimentação, podendo prejudicar o equilíbrio da microbiota intestinal do hospedeiro.

 

 

 

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