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Participação paterna reduz risco de obesidade infantil

Dados de um estudo publicado no periódico Obesity sugerem que a crescenteparticipação do pai na criação dos filhos está relacionada com uma menorprobabilidade de que estas crianças se tornem obesas aos quatro anos de idade.

Trata-se do EarlyChildhood Longitudinal Study-Birth Cohort, estudo de coorte que acompanhouum grupo representativo nacional com cerca de 10.700 crianças nascidas em 2001nos Estados Unidos até o segundo ano do ensino fundamental.

De acordo com os resultados, quando o pai ajudou maisfrequentemente com tarefas como vestir, escovar os dentes e dar banho, osfilhos tiveram uma probabilidade 33% menor de se tornarem obesos entre dois equatro anos de idade (odds ratio = 0,67; P < 0,05). E o aumento de um nívelna frequência com que os pais levaram os filhos para caminhar ou brincar ao arlivre foi associado a uma diminuição de 30% na obesidade (odds ratio = 0,70).

Todos os pais viviam em casa com os filhos, em famíliasformadas por dois pais heterossexuais, mas não eram os cuidadores primários. Ospais do estudo trabalhavam em média 46 horas por semana, e as mães, em média,18 horas por semana.

Os pesquisadores ressaltam que as intervenções contra aobesidade tipicamente têm como alvo as mães, e esses novos achados sugerem queo maior envolvimento do pai na puericultura possa beneficiar ainda mais acriança. Por exemplo, “os pais disseram se sentir negligenciados duranteas consultas dos filhos com o pediatra”.

E direcionar apenas às mães as ações de culináriasaudável pode contribuir para o menor conhecimento dos pais sobre opções saudáveis de alimentos e de estilo de vida. “Em comparação àsmães, os pais podem preparar refeições menos nutritivas e ser complacentes competiscos, ou com um tempo mais longo diante de uma tela ao cuidarem dosfilhos”, dizem os autores.

No entanto, mesmo quando os pais tiveram um papelaumentado na tomada de decisões, tais como na escolha de alimentos, esteaumento não teve efeito sobre a probabilidade de obesidade.

Os pesquisadores dizem que estudos adicionais sobre oquanto cada pai está envolvido, e a natureza do envolvimento, podem esclarecercomo as intervenções podem ser mais benéficas.

“Há evidências crescentes da importância doenvolvimento do pai na criação dos filhos, em outras áreas do desenvolvimentoinfantil, e nosso estudo sugere que também possa haver benefícios para a saúdeda criança”, concluem.

Uma das limitações do estudo é a de que o envolvimento nacriação e a influência na tomada de decisões foram informados pelos própriospais, e não houve validação externa. Além disso, o estudo abrangeu apenascasais com os dois pais, portanto, permanece incerto se os resultados seriamiguais em famílias com apenas um pai ou uma mãe.

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