Pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia (USC) examinaramdados de 314 crianças latinas que moravam em Los Angeles, não tinham diabetes etinham excesso de peso ou obesidade (IMC> 85 percentil) quando seinscreveram no Air Study, no Centro de Pesquisa sobre Obesidade Infantil(CORC).
As crianças tinham idade média de 11 anos, sendo que 58%eram meninos e 66% estavam em pré-puberdade ou puberdade precoce. Eles foramsubmetidos a exames físicos anuais e testes para determinar a tolerância àglicose, sensibilidade à insulina e função das células beta (respostainsulínica aguda à glicose, sensibilidade à insulina). Os pesquisadores tambémdeterminaram o status socioeconômico das crianças e estimaram a quantidade depoluição atmosférica a que haviam sido expostos a cada mês no ano anterior.
Após ajuste para sexo, estágio de puberdade, statussocioeconômico, porcentagem de gordura corporal e ano de entrada no estudo, osresultados demonstraram que em crianças com idade entre 8 e 15 anos e seguidaspor uma média de 3,5 anos, a exposição a níveis mais elevados de poluiçãoatmosférica estava ligada à menor sensibilidade à insulina, à diminuição dafunção das células beta e a um maior índice de massa corporal (IMC) aos 18 anos,independente do excesso de peso inicial.
Aos 18 anos, uma diferença de 4 μ/m³ na exposição a longoprazo a pequenas partículas de ar foi associada com um nível de insulina emjejum 27% mais alto (p = 0,01) e um nível de insulina 37% mais elevado no testeoral de tolerância à glicose (p = 0,007), indicando menor responsividade àinsulina. E, aos 18 anos, a exposição crônica a óxido de nitrogênio foiassociada a uma função 13% menor de células beta (p = 0,04).
A maior exposição à poluição do ar também foi associada aum aumento mais rápido do IMC e da adiposidade central nas crianças que játinham sobrepeso ou obesidade no início do estudo.